Como o Big Data pode aumentar a rentabilidade do agronegócio

5 de maio de 2020 4 mins. de leitura
Gestão de dados no agronegócio pode reduzir custos e impulsionar produtividade de lavouras e rebanhos

A sabedoria e o instinto dos trabalhadores rurais sempre foram fundamentais para a interpretação de informações e a tomada de decisões no campo. Essas características ganharam um aliado capaz de ampliar o alcance do agronegócio, com informações precisas sobre tudo que acontece com as lavouras e os rebanhos: o Big Data.

Com a chegada dessa tecnologia ao campo, a gestão da propriedade rural se tornou mais simples e rápida, permitindo a redução de custos e uma produtividade mais alta, com reflexos diretos no aumento da rentabilidade do produtor.

Como funciona a tecnologia

(Fonte: Shutterstock)

Baseado nos princípios de velocidade, volume, veracidade, variedade e valor, o Big Data é capaz de coletar, armazenar e processar uma quantidade enorme de dados angariados em tempo real por uma rede de sensores para gerar um panorama capaz de facilitar tomadas de decisão.

Podem ser coletadas informações sobre mapeamento de solos, monitoramento de doenças e de variáveis meteorológicas, histórico de consumo de água, temperatura e frequência respiratória de animais, entre outras.

Aplicado em conjunto com técnicas, como agricultura de precisão, Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e Inteligência Artificial, o Big Data permite uma automação quase completa do campo, aumentando o controle do agropecuarista sobre a sua produção.

Como aplicar Big Data no agronegócio

(Fonte: Shutterstock)

O primeiro passo para aplicar a tecnologia é sistematizar uma rede de coleta de dados de forma automatizada. As informações podem ser obtidas tanto de fontes externas à propriedade, como aspectos meteorológicos, geográficos e características de vegetais e animais, quanto de fontes internas, como sensores implantados em lavouras ou rebanhos.

Todos esses dados devem estar integrados e reunidos em um local, que pode ser um servidor dentro da propriedade ou até na nuvem, caso haja conexão com a internet. Isso permitirá ao produtor obter informações imediatas para serem utilizadas na elaboração de panoramas, facilitando o planejamento de ações de curto, médio e longo prazos.

Por exemplo, o histórico de produtividade de uma área pode ser relacionado com informações referentes à adubação e deficiência de nutrientes do solo, combinadas com dados sobre taxa de insolação, temperatura média e amplitude térmica para obter cenários realistas sobre a necessidade de suplementação nutricional, melhoramento da produtividade e até mesmo aplicação de agrotóxicos.

O Big Data permite, assim, que o produtor rural utilize uma série de informações concretas em tempo real para facilitar decisões e alcançar novos patamares de eficiência e qualidade.

Cuidados com o uso do Big Data

A quantidade de dados reunidos pela tecnologia pode ser enorme, portanto o produtor deve saber filtrar o que for necessário para o entendimento de cada situação. Em primeiro lugar, é preciso definir o problema a ser tratado, para então identificar quais dados são relevantes para abordar a questão e como serão coletados.

Após a reunião das informações, é fundamental uma correta interpretação dos dados para conseguir revelar problemas, falhas ou tendências que devem ser trabalhadas. Para tanto, será necessário um profissional capacitado, um software especializado ou até o uso de Inteligência Artificial. Com o cenário construído, é possível tomar decisões e aplicar soluções para os problemas apresentados.

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Fonte: Suino e Jacto.

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