A tecnologia eleva a produtividade e melhora a qualidade das mercadorias do agronegócio, mas também pode representar um alto custo de investimento
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A tecnologia está presente nas lavouras há milênios, mas a revolução digital está oferecendo aos agricultores uma infinidade de opções. De acordo com a pesquisa Agricultura Digital no Brasil, realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ao menos 84% dos agricultores brasileiros utilizam alguma tecnologia digital.
Mais da metade dos agricultores utilizam a internet para atividades gerais da produção e aplicativos de mensagem. Entretanto, menos de 25% usam ferramentas específicas para o campo, tais como apps de gestão, GPS, sensores, equipamentos com eletrônica embarcada, sistemas automatizados ou mapas digitais.
Além de uma grande variedade, as soluções podem ter uma alta complexidade e um custo elevado, o que pode gerar dificuldades na escolha do melhor para cada caso. Conheça os principais critérios que devem ser observados para realizar o investimento tecnológico mais adequado em sua propriedade.
Antes de implantar uma nova tecnologia na propriedade, o agricultor deve avaliar as suas necessidades, que nem sempre estão evidentes. Uma nova ferramenta pode resolver tanto um problema aparente, identificado no cotidiano, quanto pode proporcionar benefícios a longo prazo, como alavancar a produtividade ou diminuir os custos.
As ferramentas tecnológicas podem trazer soluções fantásticas para o campo, mas somente serão úteis caso sejam fáceis de usar ou haja alguém na propriedade habilitado para isso. Recursos baseados em aplicativos móveis, como softwares de gestão, têm uma interface amigável e de fácil usabilidade e podem ser a porta de entrada para outras tecnologias um pouco mais complexas.
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O sistema deve permitir o acesso somente de usuários autorizados. Isso se aplica tanto às permissões internas, ou seja, quais pessoas têm acesso a quais informações da propriedade, quanto à segurança externa, evitando a entrada indesejada de terceiros e o roubo de dados. A maioria das aplicações é baseada em nuvem, o que significa o acesso remoto a um servidor em local desconhecido, por isso é importante conhecer e confiar no fornecedor dos serviços.
As configurações da tecnologia devem ser adaptáveis à realidade de cada propriedade. A flexibilidade da ferramenta garante que o agricultor possa aplicar os recursos à sua realidade.
As soluções devem ser vistas dentro de um ecossistema, por isso as tecnologias devem conversar e cooperar entre si. A integração de ferramentas pode garantir a sinergia nas atividades e elevar a produtividade no campo.
As soluções implementadas devem ser vistas como um serviço (Software as a Service – Saas) e dentro desse conceito a inovação é essencial. Os fornecedores das ferramentas devem buscar constantemente adicionar novas funções, que podem resolver problemas antes mesmo de eles começarem a aparecer.
Toda tecnologia tem um custo de implementação, um de manutenção e um com licença. Dessa forma, o agricultor deve observar se é capaz de arcar com todo o investimento necessário para a implementação de uma ferramenta. Entretanto, além desses gastos mais visíveis, o agricultor deve avaliar também quais são os ônus de não se adotar a solução, como a ineficiência e a tomada de decisões sem as informações relevantes.
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Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Social Good Brasil, Sovis.