Irrigação por aspersão: confira o guia completo desse método

11 de maio de 2023 5 mins. de leitura
A irrigação por aspersão é adaptável a qualquer tipo de relevo e solo, e é utilizada amplamente na agricultura de precisão

A irrigação por aspersão é um método de irrigação que simula o efeito da chuva sobre o solo e sobre as plantas por meio de pulverização da água. A técnica é versátil e adaptável a qualquer tipo de geografia de solo, sendo amplamente utilizada na agricultura de precisão, irrigando pastagens e lavouras diversas.

O sistema foi inventado pelo engenheiro Charles Skinner, no século 19, que procurava uma solução para as regiões áridas do centro-oeste dos Estados Unidos. Os métodos de irrigação existentes, como por inundação e por sulcos, eram ineficientes e desperdiçavam muita água. A inovação permitiu uma distribuição mais uniforme e se popularizou globalmente.

Como funciona a irrigação por aspersão?

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
A irrigação por aspersão ajuda a controlar a temperatura e umidade do ambiente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

O processo de irrigação por aspersão começa com a captação da água em uma fonte, como um poço, um rio ou um reservatório. Em seguida, a água é transportada até a área de cultivo por meio de tubulações e bombas de água.

Ao chegar na área de cultivo, a água é distribuída pelos aspersores, instalados em tubulações ou em equipamentos móveis, como pivôs centrais. Os aspersores têm diferentes tipos de bocais que podem ser ajustados para controlar a vazão e a distribuição de água.

Os aspersores pulverizam a água no ar, criando gotas que caem sobre as plantas e o solo, molhando-os uniformemente. A altura de aplicação da água pode ser ajustada para atender as necessidades de diferentes culturas.

Vantagens e desvantagens do método

A irrigação por aspersão tem como vantagens a uniformização e o controle da distribuição da água, a melhoria da qualidade do solo e a facilidade de adaptação a diferentes cultivos e solos. Em comparação com outros métodos, o sistema tem custos de implantação e manutenção mais baixos.

Por outro lado, o método apresenta um potencial de desperdício de água devido à evaporação e à deriva, e a possibilidade de doenças foliares. O uso excessivo pode levar a problemas de compactação do solo e erosão, sendo necessário adequar a distribuição de água às necessidades de cada cultura.

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Quais são os tipos de irrigação por aspersão?

(Fonte: GettyImages/Reprodução)
A irrigação por aspersão é mais eficiente em áreas planas, mas pode ser adaptada para terrenos acidentados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Existem vários tipos de irrigação por aspersão, cada um com suas características e aplicações específicas. Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, portanto, é importante escolher o método certo para atender às necessidades específicas de cada cultura e terreno.

1. Aspersão convencional

A água é dispersada por aspersores fixos ou móveis, instalados no solo ou em sistemas suspensos. É o tipo mais comum de irrigação por aspersão, indicado para culturas, como algodão, arroz, feijão, café, cana-de-açúcar, milho e soja. Seu uso é mais indicado em áreas com topografia plana ou suave e com solos bem drenados.

2. Pivô central

O pivô central distribui a água de forma circular e é eficiente em solos arenosos, que não conseguem manter a umidade por muito tempo e necessitam de irrigação frequente. O método é utilizado em áreas de até 500 hectares, indicado para cultivos em grande escala.

3. Microaspersão

A microaspersão é indicada para culturas com alta densidade de plantio, que necessitam de umidade constante e homogênea, como frutíferas, hortaliças, plantas ornamentais e florestais. O sistema fornece água, fertilizantes e defensivos diretamente na região das raízes, reduzindo a perda de água por evaporação e aumentando a eficiência da irrigação.

4. Aspersão de baixa pressão

O método é indicado para culturas com espaçamento reduzido, que exigem alta uniformidade na distribuição de água, tais como hortaliças, frutas e flores. O sistema é adequado para terrenos com relevo acidentado, pois a baixa pressão permite que a água seja aplicada com menor velocidade.

5. Aspersão autopropelida

Nesse sistema, canhões instalados em uma torre central, móvel ou fixa, lançam jatos de água em uma área circular de até 150 metros, distribuindo-a uniformemente, minimizando perdas por evaporação e arraste pelo vento. No entanto, o custo de instalação e operação é mais elevado do que em outros sistemas de irrigação por aspersão.

6. Irrigação por pêndulo

Essa opção oferece mais economia em relação a outros sistemas de irrigação, como a aspersão convencional, pois utiliza menos água e energia. A irrigação por pêndulo é ideal para culturas de hortaliças, frutas e flores, e terrenos com declives acentuados.

Fonte: Aegro, Agropos, irrigat, Syngenta Digital

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