Indústria em queda: como o agronegócio ajuda a balancear o PIB brasileiro?
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A pandemia de covid-19 e suas limitações acionaram um alerta vermelho para a economia ao redor do mundo. O Brasil foi um dos mais afetados, e vários segmentos da indústria sofreram e ainda sofrem com o “abre e fecha” do comércio, o menor poder de compra do consumidor e as altas taxas de desemprego.
Por outro lado, o PIB brasileiro ainda conseguiu “segurar as pontas” graças ao agronegócio, que manteve um alívio no caixa com a provisão de itens essenciais durante o período que prossegue desde março de 2020. No primeiro trimestre de 2021, por exemplo, o PIB do setor agropecuário registrou alta de 5,7% no primeiro trimestre.
Um ponto importante indicado para esse crescimento é a exportação, que englobou cerca de 60% da produção. Ela seguiu, junto da alta do dólar, ajudando o dinheiro a circular e a balancear a arrecadação da receita estadual no Brasil.
Indústria em queda
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial brasileira caiu 1,3% no mês de abril em comparação a março, caracterizando a terceira queda seguida, com perda acumulada de 4,4% no total do trimestre.
De acordo com pesquisa da Reuters, a expectativa era de que, ao invés de cair 1% em comparação com a pandemia, a indústria brasileira crescesse 0,1% no período.
Esse é um reflexo direto do recrudescimento da pandemia, com isolamento e restrições, que acontecem no Brasil enquanto a população ainda é imunizada por completo. Porém, mesmo com menos perspectivas de melhora na indústria, o agronegócio segue como o principal motor do PIB brasileiro.
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Desafios e oportunidades
O desempenho das lavouras brasileiras e o aquecimento no mercado mundial de carnes em 2020 tornam as oportunidades ainda mais abundantes neste ano. Mantendo-se como um dos grandes players do agronegócio, inclusive ultrapassando os Estados Unidos na produção de soja, o Brasil observa o futuro com mais entusiasmo por meio da agricultura e pecuária.
Mesmo que a taxa cambial ainda seja muito irregular e os insumos agrícolas negociados em dólar, a vantagem competitiva da exportação manteve a boa média mesmo no período de recessão.
Ao contrário da Argentina, por exemplo, nosso país não sofreu crise no abastecimento de alimentos e seguiu com um aumento expressivo na entrega de carnes e grãos para o mundo.
O agronegócio não parou, mas deve estar atento aos riscos da reação de concorrentes mundiais, que sentiram o impacto do crescimento do setor brasileiro no mercado internacional de alimentos.
Pós-pandemia
A economia preocupante que segue por toda a indústria ainda terá efeitos nos anos seguintes, mas a agricultura e a pecuária terão papéis fundamentais na reconstrução da economia no celeiro mundial.
Afinal, a expectativa é de que o Brasil registre safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas no final de 2021, segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com esse estudo, o País pode produzir 262,2 milhões de toneladas, o que caracteriza um resultado 3,2% superior ao registrado no ano passado.
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Fonte: Agropos, O Presente Rural, Gov.br.
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