Pesquisa realizada por empresa americana mostra que 54% dos agricultores entrevistados pelo mundo devem aumentar o investimento em drones
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Uma pesquisa da empresa norte-americana DroneDeply divulgou quantos dos agricultores entrevistados pretendem aumentar o investimento em drones em 2022. O estudo, chamado Situação da Indústria de Drones, é divulgado anualmente e, desta vez, entrevistou 766 clientes em mais de 40 países.
Dos entrevistados na área de agricultura, 33% devem aumentar o investimento entre 10% e 50%, e 21% devem aumentar em mais de 50% o que gastam atualmente com drones. Entre os principais objetivos dos investidores, estão aumentar a produtividade e aumentar tanto a eficiência quanto a facilidade de documentação da rotina.
A pesquisa já mostra a evolução dos drones nas lavouras mundo afora. Até 2020, as principais funções do equipamento eram mapeamento e coleta de dados para auxílio do planejamento, mas agora os drones já são usados para pulverização de culturas, fertilização e captação de amostras do solo, além de manterem outras atividades.
Outra informação interessante extraída da pesquisa é a percepção sobre a importância dos drones na agricultura: 54% dos entrevistados responderam que eles se tornarão mais comuns nos próximos dois anos, e 15% disseram que eles serão onipresentes nesse mesmo período.
A verdade é que, em alguns lugares do mundo, os drones já são onipresentes nas lavouras; a China, por exemplo, empregou mais de 100 mil dos equipamentos na rotina rural em 2021. O país investiu no uso de drones de forma estratégica, e, com a maior população do mundo, o país viu sua população de idosos aumentar, enquanto a população rural diminuía. Assim, grandes subsídios foram direcionados aos drones de uso agrícola para garantir a produtividade das lavouras e, consequentemente, a alimentação dos chineses. Com isso, a China abriga as maiores fabricantes de drones do mundo, além de um dos mais avançados parques tecnológicos.
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No Brasil, o uso agrícola dos veículos aéreos não tripulados (Vant) ainda é embrionário. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aproximadamente 80 mil drones estavam cadastrados junto à agência no País em 2021, e cerca de 1,5 mil tinham uso agrícola.
Com quase 66 milhões do seu território usado para a agricultura, o Brasil tem um potencial gigantesco para a ampliação do mercado de drones. Uma das principais atividades realizadas pelos drones no País é a pulverização, enquanto um agricultor com pulverizador costal pulveriza cerca de 0,1 hectare por hora, um drone pulveriza até 13 hectares no mesmo tempo, e o procedimento pelo equipamento é muito mais barato do que a realizada por aviões ou helicópteros, que são as práticas mais comuns no país.
Os equipamentos também são utilizados para demarcar e acompanhar as áreas de plantio, identificando falhas, eventuais pragas e excesso ou falta de irrigação. Além disso, os drones podem ser utilizados na pecuária para monitorar e até encontrar animais perdidos.
Vale lembrar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem uma instrução normativa para o uso de drones nas lavouras. Entre as exigências, estão a necessidade de que o responsável pelo manuseamento do equipamento tenha o curso de pilotagem de drone, que o equipamento esteja registrado junto à ANAC, que haja um plano de destinação de resíduos e sejam respeitadas as distâncias do voo do equipamento em relação a outras moradias.
Fonte: Agevolution, Fundação Roge, Fapesp, Mundo Conectado