Os defensivos biológicos ajudam a combater pragas de forma menos agressiva nas lavouras
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Os defensivos agrícolas são a forma mais popular de combater as diferentes pragas que podem atingir uma produção agrícola. Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estimou que o Brasil era responsável por 20% do uso de produtos químicos na agricultura em todo o mundo.
Entretanto, alguns desses materiais acabam sendo tóxicos e perigosos para o ambiente. Além disso, as pragas podem acabar se tornando resistentes aos agroquímicos por conta do uso contínuo e não racional desses produtos.
Dessa forma, foram estudadas alternativas mais sustentáveis e duradouras para o combate às pragas. Dentre as maneiras criadas, destaca-se o defensivo biológico, que está em forte ascensão no Brasil.
Um levantamento feito pela Consultoria Blink, em parceria com a CropLife, que representa a indústria de defensivos biológicos, estima um crescimento de 52% no uso dessas substâncias em 2021. Caso seja confirmada a estimativa, deve ser negociado o equivalente a R$ 1,7 bilhão em defensivos biológicos, com um destaque para o uso na soja e na cana-de-açúcar.
A venda de produtos biológicos para a soja deve ir de 44% para 46% em 2021. Segundo a Blink, a maioria dos defensivos utilizados nas lavouras da oleaginosa servem para o controle de nematoides e lagartas.
Para a produção de cana-de-açúcar, a consultoria prevê um crescimento no faturamento das vendas de defensivos biológicos de R$ 264 milhões em 2020 para R$ 353 milhões em 2021.
Em um prazo mais longo, a CropLife espera um crescimento de 107% no uso dos produtos biológicos, chegando ao faturamento de R$ 3,7 bilhões até 2030 no Brasil.
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Segundo Amália Borsari, diretora-executiva da CropLife, esses produtos são insumos agrícolas desenvolvidos a partir de um ingrediente ativo natural, ou seja, um “ativo biológico”.
Portanto, essa forma de controle de pragas se destaca pelo fato de utilizar microbiológicos (bactérias, fungos e vírus) e macrobiológicos (parasitoides e predadores) como princípio ativo.
Por meio desses ativos, é criado um ambiente favorável para insetos benéficos na lavoura, que são inimigos naturais das pragas, o que auxilia na diminuição do uso de outros tipos de produto mais prejudiciais à lavoura.
Dessa forma, Amália defende que a prática é uma tendência da Agricultura 4.0, já que têm o objetivo de eliminar as pragas de forma menos agressiva para o meio ambiente, apresentando um índice de toxicidade mais baixo do que os agroquímicos tradicionais.
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Fonte: Boas Práticas Agronômica, Lavoura – Blog da Aegro, Outline.