Alta nos preços: defensivos agrícolas podem ter aumento
23 de junho de 2020
•
4 mins. de leitura
Elevação é causada pela crise desencadeada pela pandemia e pela alta do dólar; para evitar prejuízos, produtores podem apostar em bioinsumos
Aproximadamente 90% da matéria-prima utilizada na produção de agroquímicos no Brasil são importados, em grande parte vindos da China, local de origem da covid-19. Com a alta do dólar, o preço dos defensivos agrícolas pode sofrer aumento nos próximos meses, já que o estoque nacional está acabando, e os produtos no contexto atual tendem a ter custos mais elevados.
Até o momento, o impacto da pandemia no setor de agroquímicos não chegou ao bolso do produtor nem do consumidor graças à ação das indústrias, que compraram de forma antecipada a matéria-prima usada nos agrotóxicos. Essa atitude foi motivada, na época, pela alta do dólar, que já estava ganhando proporções alarmantes mesmo antes de o fator pandemia estar no horizonte.
Em meio à ascensão da doença no País, o setor agrícola não parou as atividades, a fim de garantir o abastecimento nacional e internacional de alimentos. Com cuidados redobrados, as fazendas continuam batendo recordes de produção e tendo boas expectativas, o que faz com que a necessidade de agrotóxicos se mantenha dentro do padrão considerado normal.
Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), só no primeiro trimestre de 2020 houve aumento de 7,5% no uso de defensivos agrícolas em relação ao ano anterior, sendo mais recorrentes as aplicações de herbicidas (40%), inseticidas (28%) e fungicidas (22%). Os cultivos que mais receberam os produtos foram café, soja, cana-de-açúcar, milho e algodão, que juntos representaram 90% do total utilizado.
141900cookie-checkAlta nos preços: defensivos agrícolas podem ter aumento