Conheça o mercado de ervas medicinais no Brasil

25 de junho de 2021 3 mins. de leitura
Mapa estimula a produção de ervas medicinais, mercado que já gera receita de R$ 88,5 milhões no Paraná

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No Brasil, o uso de plantas medicinais para prevenção e cura de doenças é uma das heranças deixadas pela cultura indígena. Variedades como arruda, boldo, romã e babosa são usados até hoje para fazer tratamentos preventivos ou de cura.

Novos produtos com potencial de mercado

Mais de 25% de todos os medicamentos são de origem vegetal. (Fonte: Freepik)
Mais de 25% de todos os medicamentos são de origem vegetal. (Fonte: Freepik)

A flora brasileira é bastante rica em ervas medicinais, importantes objetos de estudo na obtenção de princípios ativos para as indústrias farmacológicas ou terapêuticas. 

Com a intenção de construir uma nova cadeia produtiva de valor, uma iniciativa entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou 26 ervas nos biomas brasileiros com potencial de serem inseridas no mercado medicinal.

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As cadeias de valores são sistemas produtivos que utilizam os recursos de forma sustentável, contribuindo para a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico. Denominado ArticulaFito, esse projeto é considerado o maior mapeamento de espécies de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias já realizado no Brasil.

Na parte fitoterápica, estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças, as pesquisas abordam:

  • extrato seco e chá medicinal de calêndula; 
  • extrato seco e chá medicinal de espinheira-santa; 
  • chá medicinal de guaco; 
  • produtos tradicionais de capim-cidreira; 
  • pó de carapiá; 
  • semente de umburana; 
  • chá de cavalinha; 
  • pílula artesanal de babosa; 
  • chá medicinal de hortelã; 
  • semente de sucupira;
  • extrato de pilocarpina das folhas de jaborandi.

Paraná e Santa Catarina são destaques na produção de plantas medicinais

Nos últimos anos, houve um aumento da procura por produtos naturais para tratar a ansiedade, como lavanda, folha de maracujá, capim-limão e erva-cidreira. (Fonte: Freepik)
Nos últimos anos, houve um aumento da procura por produtos naturais para tratar a ansiedade, como lavanda, folha de maracujá, capim-limão e erva-cidreira. (Fonte: Freepik)

Em consonância com esse desenvolvimento, o Paraná já apresenta uma área de 6 mil hectares ocupada com espécies medicinais, condimentares e aromáticas. O cultivo rende uma produção anual média de 18,6 mil toneladas e uma receita de R$88,5 milhões.

Segundo a Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do estado, são 154 municípios do Paraná que produzem camomila, ginseng brasileiro e óleo essencial de menta japonesa. 

Já no estado de Santa Catarina, o Mapa, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) desenvolvem um projeto-piloto para estimular a produção de chás, óleos, plantas medicinais e aromáticas. O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva e de negócios sustentáveis no estado. 

O projeto começou a ser desenvolvido em 2019, e a primeira oportunidade identificada foram os óleos essenciais. As ações do projeto fazem parte do “Programa Bioeconomia Brasil — Sociobiodiversidade” lançado pelo Mapa para ampliar alianças produtivas e o acesso a esse mercado.

Para o desenvolvimento do setor, porém, seus agentes defendem um mapeamento das melhores regiões produtoras, para que grandes empresas farmacêuticas possam se conectar com os produtores.  

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Fonte: IPECE, Portal FioCruz, Governo do Brasil, Mapa, Agência de Notícias do Paraná.

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