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Terras indígenas e agronegócio: entenda essa relação

Veja o que está em jogo e como encontrar saídas a esse impasse comum no campo

2 minutos de leitura

14/04/2021

O Brasil tem um longo histórico de conflitos fundiários, mas se engana quem pensa que isso se refere apenas à tensão entre proprietários e movimentos sociais desde a década de 1980. As primeiras disputas de terra se deram ainda no século 16 entre indígenas e portugueses.

Desde então, a questão indígena tem sido acompanhada por uma série de complexidades, e os conflitos no campo se mantêm inclusive com alguns setores do agronegócio atualmente.

Mas há possibilidades de haver pontos em comum. Quer saber como? Então confira alguns elementos que explicam por que essa relação ainda é tão conflituosa e o que pode ser feito a esse respeito.

Há mediações possíveis nesse impasse?

Os indígenas são reconhecidos internacionalmente como capazes de manter a floresta preservada graças ao seu modo de vida. Isso é um ativo econômico uma vez que a reputação do País nesse quesito interfere na balança comercial.

Ao mesmo tempo, deve-se colocar na balança que o Brasil hoje é plural e precisa dar conta de uma série de questões, inclusive produtivas. O agronegócio tem legitimidade para atuar e é a principal força que sustenta economicamente o País.

Portanto, a saída está em valorizar ambas as atividades, encontrar formas de conciliar os interesses de cada parte e identificar o que há em comum entre elas. Quer ver como isso é possível?

Governo federal permite que agricultores plantem em terra indígena

De acordo com uma norma recente, editada em conjunto pelo Ibama e pela Funai, passa a ser possível que organizações mistas, compostas com indígenas e não indígenas, ocupem terras indígenas para plantio. Assim, fazendeiros podem criar vínculos de parceria com os indígenas.

Sementes florestais geram produtividade e renda entre indígenas

Um exemplo disso vem de indígenas do Xingu. Eles criaram um projeto chamado Rede de Sementes do Xingu, que está otimizando a cadeia produtiva das sementes florestais. Assim, foi possível aumentar a produção em até 50% e melhorar a cadeia econômica dessas comunidades. O projeto foi reconhecido com o prêmio internacional Ashden Awards 2020, que celebra soluções climáticas pelo globo.

Ainda nessa rede, há um trabalho feito pela população mato-grossense que é a coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes da floresta. Isso pode garantir a preservação de sementes crioulas para a posteridade e são úteis ao agronegócio, por exemplo, em modelos de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

Fonte: EBC, Jusbrasil, BdF, Revista Rural. 

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