O agronegócio brasileiro deve colher 262,13 milhões de toneladas de grãos nesta safra, de acordo com último levantamento da Conab
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As condições climáticas adversas na segunda safra levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reduzir, em junho, a previsão da colheita de grãos para o período 2020/2021 em 9,57 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior. Ainda assim, o volume deverá ser 2% maior do que a safra passada, alcançando 262,13 milhões de toneladas.
A redução na estimativa se deve, principalmente, ao atraso na colheita de soja por conta do período seco no final do ano passado. Em consequência, o plantio de uma grande parte da área do milho segunda safra ficou fora da janela mais indicada. Além disso, o baixo volume de chuvas em abril e maio afetou de forma expressiva a produtividade do cereal.
Boa parte das áreas plantadas com as culturas de primeira safra já tiveram a colheita encerrada. A exceção fica para o milho, por conta do atraso na implantação das lavouras, e para o algodão, cuja colheita está mais avançada em São Paulo. Já entre as culturas de segunda safra, o feijão teve cerca de 40% das lavouras já colhidas, com as demais plantações em estágios de enchimento de grãos e maturação.
A Conab reduziu a estimativa para a safra do milho em 10 milhões de toneladas. A queda foi mais acentuada na segunda safra do grão, que teve a expectativa diminuída de 79 milhões de toneladas, no levantamento de maio, para pouco menos de 70 milhões de toneladas em junho. A colheita total do cereal deverá ficar em 96 milhões de toneladas, uma queda de 8% com relação à safra 2019/20.
A estimativa total para a colheita de feijão na safra foi reduzida para 3 milhões de toneladas, uma baixa de 0,9% em relação à estimativa do mês anterior e 8,5% em comparação à última safra. Assim como o milho, a cultura foi prejudicada no segundo plantio, que apresentou uma queda de 6,5 milhões de toneladas, mas a Conab estima que a produção será retomada no terceiro ciclo em igual volume.
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O algodão, tanto em caroço como em pluma, teve a sua estimativa de produção rebaixada em 4% e deve apresentar uma redução na atual safra de 22% em relação à temporada anterior. O volume do caroço deve ficar em 3,4 milhões de toneladas, e a pluma em 2,3 milhões de toneladas.
Entre as culturas de inverno, a aveia e o centeio também apresentaram uma queda na estimativa de produção. Apesar disso, o volume de aveia em 2020/21 deverá ser 4,8% superior a 2019/20, com um volume de 886,7 mil toneladas. Enquanto isso, o centeio deverá ter uma diminuição de 21,2% em relação à temporada anterior.
Mas nem todas as culturas apresentaram uma piora na estimativa da Conab. A soja, grão com maior volume de produção do agronegócio brasileiro, teve a expectativa de colheita revisada para 135,8 milhões de toneladas, o que representa uma ligeira alta de 0,3% frente ao levantamento anterior e de quase 9% em relação à safra passada.
O arroz e o trigo também tiveram suas estimativas aumentadas no último levantamento. Segundo a estatal, os rizicultores devem colher 11,6 milhões de toneladas (alta de 0,1% em relação à estimativa de maio e 4% acima da temporada 19/20), e a produção de trigo se aproximará das 7 milhões de toneladas (um acréscimo de 4,6% comparado ao último levantamento e 11,3% frente a safra anterior).
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Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).