Estudo inédito realizado em Mato Grosso do Sul mostra uma relação direta entre a produção de soja e a elevação do IDH regional
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das pessoas envolvidas na produção. A soja corresponde a mais da metade do Valor Bruto da Produção (VBP) do setor primário do Estado, mostrando sua relevância econômica.
A pesquisa estabeleceu uma correlação direta entre os 10 municípios que mais produzem soja e o IDH. As áreas produtoras alcançaram um índice superior a 0,7, representando os melhores indicadores do Estado. Quanto maior o volume de produção grão, mais altos são os indicativos de desenvolvimento humano da região.
O IDH é um indicador sintético que mede o nível de desenvolvimento humano de um país ou região. Ele é usado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) como uma forma de avaliar e comparar o desenvolvimento humano entre diferentes países e ao longo do tempo.
O IDH é calculado com base em três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano:
O cálculo do IDH envolve uma escala de valores normalizada para cada uma das três dimensões. Cada dimensão é transformada em um índice que varia de 0 a 1. Para isso, utiliza-se uma fórmula específica para cada dimensão que considera o valor mínimo e o valor máximo dos indicadores.
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O cultivo da soja gera uma demanda significativa por mão de obra, criando 3,3 mil empregos diretos nas atividades de plantio, colheita e beneficiamento em Mato Grosso do Sul. A cadeia produtiva do grão também proporciona 10,3 mil empregos indiretos, como no transporte, na indústria de máquinas agrícolas e no comércio.
A soja também tem um papel importante na geração de divisas para o Estado por meio das exportações. O complexo soja representa cerca de 36% do valor total embarcado em produtos agropecuários. Em 2022, os embarques de 4,9 milhões de toneladas do grão gerou US$ 3,03 bilhões em receitas para o Estado de Mato Grosso do Sul.
Os recursos são revertidos em investimentos em infraestrutura, educação, saúde e outras áreas essenciais. Além do investimento público, o aumento da renda e o desenvolvimento do agronegócio levam a investimentos em estradas, energia elétrica e telecomunicações, proporcionando melhores condições de acesso a serviços básicos.
Fontes: Organização das Nações Unidas (ONU), Senar