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A balança comercial brasileira fechou o primeiro mês de 2021 com um saldo negativo de US$ 1,125 bilhão, acompanhando a tendência desenhada no ano passado, de acordo com dados do Ministério da Economia. O agronegócio seguiu o ritmo do mercado brasileiro de redução das exportações e de aumento das importações.
As exportações da agropecuária somaram US$ 18,48 bilhões, uma retração de 1,7% com relação a janeiro e a primeira semana de fevereiro de 2020. Enquanto as importações registram um volume de US$ 20,75 bilhões, um aumento de 12,8% na comparação com o mesmo período de 2020.
Balanço comercial da soja
O principal produto que influenciou a balança comercial da agropecuária foi a soja. O grão, que registrou um amplo superávit de US$ 494 milhões em janeiro de 2020, amargou um déficit de US$ 10 milhões no primeiro mês de 2021.
Em janeiro de 2020, o Brasil exportou mais de US$ 500 milhões e importou apenas US$ 6,3 milhões do grão. No entanto, em 2021, o volume de exportações do produto caiu para US$ 33 milhões (uma redução de 95%), e a soja perdeu a posição de produto mais exportado, ficando atrás do milho, do café, do algodão, de frutas e até de especiarias. Enquanto isso, as importações subiram 487%, alcançando o volume de US$ 23 milhões.
A principal razão para esse movimento é o atraso das lavouras de soja, que foram prejudicadas por uma longa estiagem na primavera que atrapalhou o plantio, o qual agora sofre com o excesso de chuvas de verão, dificultando a colheita. No entanto, a forte queda nos embarques deve ser atenuada à medida que o grão vai sendo colhido.
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Maiores oscilações no agronegócio
Além da soja, o arroz com casca também teve uma inversão significativa no saldo da balança comercial. O produto teve US$ 8,7 milhões de vendas em janeiro de 2020, mas apenas US$ 7,6 mil no mesmo mês de 2021, com uma redução de 99,9%. Por outro lado, as importações do cereal subiram 346%, saindo de US$ 1,1 milhão em 2020 para US$ 4,4 milhões em 2021.
Os produtos com maiores volumes de exportação foram o milho não moído (exceto milho doce) e o café não torrado. O milho somou US$ 504 milhões em exportações, uma alta de 54%; e o café alcançou US$ 466 milhões em vendas externas, o que representa um crescimento de 43% em relação a 2020.
Os principais produtos agropecuários importados foram o trigo e o centeio não moídos, com um volume de US$ 155 milhões em janeiro de 2021, o que representa 35,1% de crescimento em relação ao ano passado. O milho apresentou o segundo maior volume de compras do período, com US$ 46 milhões importados.
Fonte: Ministério da Economia.