Milho: veja as perspectivas para o mercado em 2021

2 de fevereiro de 2021 3 mins. de leitura
O milho foi um dos destaques do agronegócio brasileiro em 2020, com recorde na safra e preços altos

O ano de 2020 apresentou inúmeras conquistas no agronegócio brasileiro, entre elas o novo recorde da safra de milho, que atingiu 102 milhões de toneladas. A expectativa é de que em 2021 os números se mantenham altos, com uma safra de mais de 100 milhões de toneladas e uma forte negociação com a China.

O Brasil contou com mais de 18 milhões de hectares de milharal no ano passado. (Fonte: Shutterstock/Fotokostic/Reprodução)
O Brasil contou com mais de 18 milhões de hectares de milharal no ano passado. (Fonte: Shutterstock/Fotokostic/Reprodução)

Preço histórico em 2020

Além da alta produção, o cereal também esteve com os preços lá em cima, tendo uma valorização de 57% em 2020. A saca do milho, que no começo do ano estava custando R$ 51, chegou a valer cerca de R$ 74 em novembro. Esse preço ficou ainda maior em São Paulo, onde o valor da saca alcançou a marca de R$ 80. 

No âmbito geral, o preço alto foi consequência, segundo a consultoria Agrifatto, de uma grande demanda interna e externa pelo produto, que foi somada ao fato do dólar ter ficado em alta durante todo o ano. 

Para se ter uma ideia da alta exportação do grão, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que cerca de 34,5 milhões de toneladas do cereal foram vendidas internacionalmente. Assim, os bons números na produção, na demanda, na exportação e no valor geraram uma temporada bastante positiva para os produtores.

O milho deve ser uma alternativa bastante rentável para o agronegócio brasileiro em 2021. (Fonte: Shutterstock/venusvi/Reprodução)
O milho deve ser uma alternativa bastante rentável para o agronegócio brasileiro em 2021. (Fonte: Shutterstock/venusvi/Reprodução)

Perspectivas para 2021

Como é uma safra anual, o milho será completamente renovado em 2021. Segundo a Conab, a expectativa inicial é de que a área de plantação se mantenha com 18 milhões de hectares para este ano.

Entretanto, o resultado final da produção deve ter um aumento de 2%, chegando a 105 milhões de toneladas do cereal. Deste valor, cerca de 77 milhões de toneladas devem ser colhidas na segunda safra, já que a situação da primeira ficou comprometida pelo clima na Região Sul do país.

O preço do grão também deve continuar em alta no ano de 2021. Isso acontecerá devido à manutenção do alto valor do dólar, que dificilmente chegará a menos de R$5,00. Outra questão é a expectativa de uma forte demanda do cereal nos mercados doméstico e externo. 

Neste ano, a Conab estima que cerca de 35 milhões de toneladas devem ser destinadas para a exportação, tendo a China como o principal destino do grão brasileiro. 

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Fonte: Argus Media.

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