A irrigação por aspersão é adaptável a qualquer tipo de relevo e solo, e é utilizada amplamente na agricultura de precisão
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A irrigação por aspersão é um método de irrigação que simula o efeito da chuva sobre o solo e sobre as plantas por meio de pulverização da água. A técnica é versátil e adaptável a qualquer tipo de geografia de solo, sendo amplamente utilizada na agricultura de precisão, irrigando pastagens e lavouras diversas.
O sistema foi inventado pelo engenheiro Charles Skinner, no século 19, que procurava uma solução para as regiões áridas do centro-oeste dos Estados Unidos. Os métodos de irrigação existentes, como por inundação e por sulcos, eram ineficientes e desperdiçavam muita água. A inovação permitiu uma distribuição mais uniforme e se popularizou globalmente.
O processo de irrigação por aspersão começa com a captação da água em uma fonte, como um poço, um rio ou um reservatório. Em seguida, a água é transportada até a área de cultivo por meio de tubulações e bombas de água.
Ao chegar na área de cultivo, a água é distribuída pelos aspersores, instalados em tubulações ou em equipamentos móveis, como pivôs centrais. Os aspersores têm diferentes tipos de bocais que podem ser ajustados para controlar a vazão e a distribuição de água.
Os aspersores pulverizam a água no ar, criando gotas que caem sobre as plantas e o solo, molhando-os uniformemente. A altura de aplicação da água pode ser ajustada para atender as necessidades de diferentes culturas.
A irrigação por aspersão tem como vantagens a uniformização e o controle da distribuição da água, a melhoria da qualidade do solo e a facilidade de adaptação a diferentes cultivos e solos. Em comparação com outros métodos, o sistema tem custos de implantação e manutenção mais baixos.
Por outro lado, o método apresenta um potencial de desperdício de água devido à evaporação e à deriva, e a possibilidade de doenças foliares. O uso excessivo pode levar a problemas de compactação do solo e erosão, sendo necessário adequar a distribuição de água às necessidades de cada cultura.
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Existem vários tipos de irrigação por aspersão, cada um com suas características e aplicações específicas. Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens, portanto, é importante escolher o método certo para atender às necessidades específicas de cada cultura e terreno.
A água é dispersada por aspersores fixos ou móveis, instalados no solo ou em sistemas suspensos. É o tipo mais comum de irrigação por aspersão, indicado para culturas, como algodão, arroz, feijão, café, cana-de-açúcar, milho e soja. Seu uso é mais indicado em áreas com topografia plana ou suave e com solos bem drenados.
O pivô central distribui a água de forma circular e é eficiente em solos arenosos, que não conseguem manter a umidade por muito tempo e necessitam de irrigação frequente. O método é utilizado em áreas de até 500 hectares, indicado para cultivos em grande escala.
A microaspersão é indicada para culturas com alta densidade de plantio, que necessitam de umidade constante e homogênea, como frutíferas, hortaliças, plantas ornamentais e florestais. O sistema fornece água, fertilizantes e defensivos diretamente na região das raízes, reduzindo a perda de água por evaporação e aumentando a eficiência da irrigação.
O método é indicado para culturas com espaçamento reduzido, que exigem alta uniformidade na distribuição de água, tais como hortaliças, frutas e flores. O sistema é adequado para terrenos com relevo acidentado, pois a baixa pressão permite que a água seja aplicada com menor velocidade.
Nesse sistema, canhões instalados em uma torre central, móvel ou fixa, lançam jatos de água em uma área circular de até 150 metros, distribuindo-a uniformemente, minimizando perdas por evaporação e arraste pelo vento. No entanto, o custo de instalação e operação é mais elevado do que em outros sistemas de irrigação por aspersão.
Essa opção oferece mais economia em relação a outros sistemas de irrigação, como a aspersão convencional, pois utiliza menos água e energia. A irrigação por pêndulo é ideal para culturas de hortaliças, frutas e flores, e terrenos com declives acentuados.
Fonte: Aegro, Agropos, irrigat, Syngenta Digital