Chuvas podem ficar abaixo do normal no inverno em partes do Norte, Nordeste e na maioria da Região Sul, o que afeta o agronegócio
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O inverno começará no dia 21 de junho de 2021 às 00h32 e terá seu fim no dia 22 de setembro às 16h21 (horário de Brasília). Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do interior das regiões Norte e Nordeste, a estação é marcada pelo período de estiagem. Enquanto isso, o noroeste da Região Norte, o leste do Nordeste e parte da Região Sul observam grandes quantidades de precipitação.
O período também é caracterizado pelas entradas de massas de ar frio, que têm origem no sul do continente, provocando uma queda brusca das temperaturas médias do ar — que costumam apresentar valores inferiores a 22°C na parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
A diminuição de temperatura pode ocasionar formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul, além de queda de neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul. Ainda podem acontecer episódios de friagem nos estados de Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
O clima do inverno no Hemisfério Sul não terá mais a influência do fenômeno La Niña, de acordo com a previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Nooa) dos Estados Unidos. A neutralidade climática deverá favorecer a implantação das culturas de inverno, cujas operações de semeadura têm sido intensificadas desde maio.
No entanto, algumas partes do Brasil podem sofrer com precipitações menores do que a faixa normal para os meses de junho, julho e agosto. A previsão climática sazonal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que a parte norte da Região Nordeste, grande parte da Região Norte, especialmente o Pará, a faixa ocidental do Centro-Oeste, além do Paraná e de Santa Catarina, podem ter chuvas abaixo da média.
O Inpe também alerta que o calor pode ficar acima do normal no inverno em uma faixa que compreende os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Apesar disso, podem acontecer episódios de queda de temperatura associados à passagem de sistemas frontais pelo interior do continente.
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As chuvas do final do outono e início de inverno devem beneficiar as áreas produtoras de cana-de-açúcar na Região Centro-Sul do Brasil. Com isso, as perdas nos canaviais do Paraná e Mato Grosso do Sul, por conta de um período de estiagem, podem ser compensadas.
Já as culturas de inverno, como aveia, cevada e trigo, já vêm sofrendo com chuvas irregulares no outono, mas conseguiram um bom desenvolvimento até o momento e podem enfrentar dificuldades para a implantação nos próximos meses. A situação poderá ser mais crítica no Paraná e em Santa Catarina, onde as chuvas devem continuar insuficientes na próxima estação.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra 2021 de aveia, por exemplo, deverá ter redução de 5% em relação à temporada anterior. O estado do Paraná responde por 70% da produção nacional do grão, que deve ter área reduzida pelo agricultor para dar lugar a outras culturas mais rentáveis.
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Fonte: Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Aegro.
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