Como o agronegócio pode ajudar a preservar a Amazônia?

24 de outubro de 2020 3 mins. de leitura
Produtores rurais e ONGs ambientais trabalham em conjunto para buscar uma solução no combate ao desmatamento da região

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O desmatamento na Amazônia cresceu 33% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período anterior, aponta o relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2019, foram cerca de 9.762 km² de floresta derrubados na região — número 50% maior do que a média dos últimos 10 anos.

Os índices devastadores chamaram a atenção de ONGs ambientais e instituições do agronegócio, que se aliaram para desacelerar a destruição da natureza. No início de setembro, 230 representantes do setor apresentaram um documento com possíveis soluções para findar o desmatamento da Amazônia Legal.

ONGs e agronegócio se unem para salvar a Amazônia

Coalizão Brasil provê seis medidas para mudar panorama do desmatamento da Amazônia. (Fonte: Shutterstock)

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é o nome do movimento que reuniu entidades, organizações (como a WWF Brasil, Unilever e Youth Climate Leaders) e outras associações da agropecuária, como a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Em seu documento, a Coalizão defende a retomada e intensificação dos processos de fiscalização no norte do País, visando responsabilizar os infratores. Além disso, o texto também pede medidas de financiamento para produtores que adotarem métodos de produção sustentável, além da destinação de 10 milhões de hectares à proteção e cultivo responsável.

A união associativa se colocou ao dispor do governo federal para atuar como ponte para futuras negociações, fonte de informação e para acelerar o processo de transformação da Amazônia.

Cumprimento do Código Florestal

Brasil não possui números tão expressivos de desmatamento na Amazônia desde 2008, aponta Inpe. (Fonte: Shutterstock)

O cenário de desmatamentos na Amazônia é o pior visto no Brasil desde 2008, quando foram derrubados quase 13 mil km² de floresta. Na época, esse acontecimento serviu como marco regulamentário para o Código Florestal, que foi aprovado em 2018.

O código definiu a anistia sobre as terras desmatadas antes de 22 de julho de 2008, contando que os proprietários as recuperassem dentro de um período de 20 anos. Também chamado de regularização fundiária, o ato de doar ou vender terras públicas para produtores locais que já ocupam essa região é tido como uma das principais medidas para combater o desmatamento.

Por outro lado, a Coalizão defende a não regularização das terras desmatadas após julho de 2008, que estabeleceria impunidade para aqueles que descumpriram as medidas definidas pelo Código Florestal.

A Coalizão também afirma que o desmatamento vem afetando os negócios do Brasil no exterior, visto que embaixadas brasileiras em oito países receberam um comunicado de investidores demonstrando suas preocupações com o cenário ambiental na América do Sul.

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Fontes: WWF e Coalizão Brasil.

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