Manejo hídrico completo, inclusive com controle de nutrição, pode trazer economia de água na produção de carne bovina
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Pesquisadores calcularam pela primeira vez o impacto do manejo hídrico adequado na produção de carne bovina no Brasil. Em média, para cada quilo de carcaça de boi são necessários 30 mil litros de água, de acordo com o levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), enquanto a média global é de 15,5 mil litros de água por quilo.
A pegada hídrica é a quantidade de água direta e indiretamente usada para produzir a proteína. Desde a água verde necessária para produzir alimentos como pasto, soja e milho passando pelo consumo de fontes superficiais ou subterrâneas, como poços, nascentes, rios e açudes, até a quantidade para processar todos os resíduos gerados pela produção.
O cálculo da utilização desse recurso no caminho do campo à mesa do consumidor é complexo, e conhecer o valor da pegada pode colaborar para evitar o desperdício e melhorar a gestão da água, já que o manejo hídrico inadequado coloca em risco a disponibilidade desse bem em quantidade e qualidade e o futuro dos sistemas de produção.
Em contrapartida, as boas práticas hídricas beneficiam toda a cadeia de produção até o consumidor final. A produção de carne e leite com menos litros de água torna a pecuária mais sustentável e economicamente viável, então confira algumas dicas para fazer o manejo hídrico adequado na propriedade.
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Esses equipamentos fornecem informações precisas sobre a quantidade consumida em determinado período ou trecho. Com os dados, é possível prever e entender melhor a variação do consumo e iniciar o manejo da água na propriedade, verificando os picos de uso e identificando vazamentos no sistema de distribuição.
Com uma infraestrutura adequada, é possível captar água da chuva para hidratar os animais e reduzir os gastos. Para tanto, é importante realizar um projeto acompanhado por um profissional para pensar desde a localização do reservatório até o sistema de captação e de distribuição.
A água deve ser reaproveitada de toda forma possível dentro da propriedade. Quando utilizada em alguns processos, como lavagem de laticínios e do local de ordenha, pode ser reutilizada na fertirrigação para adubação de pastagens, reduzindo o consumo e, por consequência, os custos de produção.
Os pastos normalmente são localizados em regiões mais altas que as fontes naturais de água, como rios e lagos. Isso faz que o gado gaste uma energia desnecessária para se hidratar, sem contar a possibilidade de contaminação do líquido pelas próprias patas dos animais. Posicionar bebedouros em locais estratégicos garante uma fonte de água limpa e com facilidade de acesso.
O consumo de uma ração diferente da convencional com silagem de milho, concentrado de milho e farelo de soja pode economizar água, segundo estudo da Embrapa. A dieta à base de silagem de milho e concentrado de gérmen de milho gordo, polpa cítrica e casca de amendoim oferece melhor eficiência hídrica.
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Fonte: Giro do Boi, Fundação para o Desenvolvimento da Agropecuária de Goiás (Fundepec/GO), Rural Pecuária, Grupo Taura, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).