A gripe aviária está se aproximando do Brasil, o maior exportador mundial de frango
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O Brasil embarcou 4,8 milhões de toneladas de frango em 2022, consolidando-se como o maior exportador mundial da proteína, mantendo posição privilegiada como zona livre de casos da gripe aviária. No entanto, a situação pode mudar rapidamente, e as mudanças climáticas podem ter uma contribuição importante nisso.
Novos casos da doença em aves no Peru, na Bolívia, no Equador e, mais recentemente, na Argentina e no Uruguai, têm aumentado o alerta de produtores brasileiros quanto à influenza aviária. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) alterou o status de vigilância nas fronteiras para impedir a entrada da H5N1 no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preparou uma estratégia para evitar uma pandemia de influenza, já que dois óbitos humanos provocados pela doença foram confirmados no Camboja. Em 2023, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) registrou casos em pessoas no Equador e nos Estados Unidos.
O novo surto de gripe aviária com a cepa H5N1, que começou nos Estados Unidos no fim de 2021, continua a se espalhar pelo mundo, inclusive em regiões que nunca tinham registrado a doença ou durante épocas em que a patologia não se manifestava. A nova onda já provocou o abate de 58 milhões de aves.
A partir de 2022, o número de casos bateu recorde em todo o mundo, afetando o mercado de carne de frango e de ovos. A doença se manifestou em quase todos os continentes, o que tem levado cientistas a estudar a dinâmica de transmissão da influenza, que pode estar relacionada com o aquecimento global.
Pesquisadores acreditam que as mudanças climáticas têm alterado as rotas migratórias de aves silvestres. Além disso, o desmatamento e a perda de biodiversidade têm levado os pássaros a fazer ninhos em locais mais próximos de propriedades rurais, aumentando o contato entre o rebanho e as pessoas com possíveis aves infectadas.
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A gripe aviária é uma doença altamente contagiosa que pode afetar tanto aves como humanos. Para evitar a propagação da doença nas granjas, é necessário realizar medidas preventivas, como boas práticas de limpeza e higiene, garantir água e nutrição para os animais e evitar o contato com aves selvagens e outras fontes potenciais de infecção.
Além disso, é importante implementar práticas de biossegurança, como restringir o acesso de pessoas não autorizadas, utilizar equipamentos de proteção individual e garantir que todas as aves sejam vacinadas. Ao adotar essas medidas, é possível minimizar o risco de infecção e manter um ambiente seguro para as aves e os trabalhadores da granja.
O produtor deve ficar atento à manifestação de qualquer sinal da doença. Os sintomas incluem diminuição na produção de ovos, falta de apetite, inchaço na cabeça, no pescoço e nos olhos, problemas respiratórios, diarreia e falta de energia e atividade.
Caso haja suspeita de infecção pelo vírus da gripe aviária, é importante notificar imediatamente as autoridades de saúde animal para que medidas preventivas e de controle possam ser aplicadas o mais rápido possível.
Fonte: Organização Panamericana de Saúde (Opas), Capital Reset, Ministério da Agricultura e Pecuária, Ministério da Saúde