Safra de verão: expectativa é de bons números de milho e soja

18 de janeiro de 2022 4 mins. de leitura
Índices de plantio das principais culturas estão melhores do que na safra anterior e a expectativa é boa para a safra de verão

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Com a chegada das chuvas, a partir de outubro, começa o período de safra das principais culturas brasileiras, como soja e milho. Entenda como ficam as produções deste período no ciclo 21/22. 

Quais as safras de verão?

Apesar das variações regionais, os meses de outubro, novembro e dezembro marcam o plantio de importantes commodities brasileiras como a soja, milho, café, cana-de-açúcar e algodão.

Milho que teve queda de safra no ano passado devido ao clima e as pragas, deve se recuperar. (Fonte: Shutterstock)
Milho que teve queda de safra no ano passado devido ao clima e as pragas, deve se recuperar. (Fonte: Shutterstock)

No ano passado a ausência de chuvas, consequência dos efeitos do La Niña, gerou um atraso para os plantios em boa parte do País. Este ano, apesar de o fenômeno ainda estar em ação, a situação parece estar melhor, com os efeitos do La Niña sendo mais moderados.

Qual a expectativa para as safras de verão?

Com o plantio de diversas culturas chegando a porcentagens elevadas de conclusão em várias regiões, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) já divulgou as primeiras estimativas para a safra 2021/22. O documento conta com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

As primeiras previsões são bastante positivas, há expectativa de que a colheita de soja bata recorde com aumento de 3,4% da produção em relação à safra anterior. Além disso, com a diminuição do La Niña, o milho brasileiro deve voltar a ser protagonista no cenário mundial, com o País recuperando os índices de produção anteriores à quebra de safra de 2020/21.

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Ainda segundo o boletim de monitoramento da Conab, as regiões dos Estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, além de Estados do Norte e do Matopiba receberam índices maiores de precipitação, o que acumulou a umidade no solo e favoreceu o plantio das safras de verão. 

Por outro lado, índices de chuvas abaixo do esperado na Região Sul favoreceram a maturação e a colheita dos cultivos de inverno no Paraná e Rio Grande do Sul. Algumas regiões, entretanto, que com menor capacidade de retenção de umidade registraram perdas no desenvolvimento das lavouras de milho e soja. 

Seca histórica e geada prejudicaram a safra do café em 2021 e elevaram os preços. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Seca histórica e geada prejudicaram a safra do café em 2021 e elevaram os preços. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Na média, o desenvolvimento hídrico no solo no mês de novembro foi suficiente para os cultivos em todos os Estados, com algumas exceções no centro-norte do Rio Grande do Sul e no noroeste do Paraná.

Quais os cuidados com a safra de verão?

O processo de produção agrícola exige cuidados com o solo durante todo o ano. Após a colheita das principais culturas, o agricultor pode escolher um pousio agrícola, período em que nada é plantado para o repouso do solo, ou pode escolher uma cultura complementar para plantar.

Esta vai exigir do solo nutrientes diferentes da anterior e ajudar para que a matéria debaixo do solo venha para a parte superior, contribuindo com os próximos ciclos de plantio. Além disso, a safrinha (como é chamado esse segundo plantio) ajuda na proteção do solo, colaborando com o controle de plantas daninhas e com a incidência de pragas.

No Brasil a safrinha mais comum é a do milho, cujo plantio ocorre a partir de janeiro até março e a colheita de abril a junho. Nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a região sul do Paraná, é mais comum que se plantem culturas mais tolerantes ao frio como a aveia, trigo e cevada. No Centro-Oeste, além do milho, o calor intenso beneficia o plantio de algodão na safrinha.

Fonte: Conab, Mais Soja, Safras e Mercados, Blog Jacto, Blog Aegro, Sygenta Digital, Climate Field View.

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