Leilão prevê que as cidades com mais de 50 mil habitantes devem ter 5G e todo o território nacional deve estar coberto com a tecnologia 4G até 2028
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu início nesta quinta-feira (4) ao leilão do 5G, quando devem ser conhecidas as 15 propostas feitas por empresas e consórcios. Na disputa, estão cinco operadoras de telefonia, Vivo, TIM, Claro, Algar Telecom e Sercomtel, além de dez companhias menores estreantes no setor.
A licitação deve movimentar R$ 50 bilhões e oferece quatro faixas de frequência de transmissão de dados pela nova tecnologia em lotes nacionais e regionais.
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Ainda no primeiro semestre de 2022, a quinta geração de rede de internet móvel deve estar disponível em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal. Para as cidades com mais de 50 mil habitantes, o prazo para a chegada da tecnologia é 2028. Até julho de 2029, a velocidade de internet móvel 5G deverá chegar aos municípios com mais de 30 mil habitantes.
Além disso, as empresas devem oferecer outras contrapartidas, caso consigam a licença para operar lotes do leilão. Entre elas, está a instalação de redes 4G em todo o território nacional, inclusive em 27 mil quilômetros de estradas, e a obrigação de levar internet móvel de qualidade às escolas de educação básica.
O impacto mais imediato no agronegócio não estará na implantação da tecnologia 5G em si, mas sim na oferta da conexão 4G. A velocidade da internet móvel de quarta geração, apesar de ser mais lenta do que a da última geração, permite uma conectividade adequada para máquinas e pessoas, devendo chegar ao campo antes do 5G.
Atualmente, apenas 11% da área rural no Brasil são cobertos por 4G. A conectividade está concentrada em áreas perto de cidades e grandes capitais, com maior disponibilidade em alguns estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Porém, não alcança a maior parte das grandes áreas produtoras no Centro-Oeste e Matopiba, por exemplo.
A conexão com a internet, entre outras vantagens, pode reduzir gastos na aplicação de insumos, melhorando a produtividade. Em uma área de 1,5 mil hectares, apenas o uso de GPS no maquinário pode representar uma economia de R$ 266 mil por ano.
Fonte: Agência Brasil, Estadão.