Agronegócio 4.0: qual é o futuro da produção no campo?
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O “agronegócio 4.0” é um termo utilizado para representar as próximas grandes tendências do setor, que incluem um maior foco na agricultura de precisão, a Internet das Coisas (IoT) e o uso de Big Data para gerar uma maior eficiência no campo para responder ao aumento da população e à aceleração das mudanças climáticas.
Segundo relatório do World Government Summit, o mundo precisa elevar a produção de alimentos em 70% até 2050. Cerca de 800 milhões de pessoas em todo o mundo passam fome e, mesmo em um cenário positivo, estima-se que 8% da população mundial ainda estará subnutrida em 2030.
O relatório calcula que 25% das terras cultiváveis no mundo estão altamente deterioradas, enquanto outros 44% estão degradadas de forma leve ou moderada. A água é outra preocupação, com mais de 40% da população rural global vivendo em áreas com escassez hídrica.
Para enfrentar esses desafios, a agricultura do futuro usará dispositivos avançados e sistemas robóticos para tornar as fazendas mais lucrativas, eficientes, seguras e ecologicamente corretas.
O que é o agronegócio 4.0?
O agronegócio 4.0 é um ciclo de transformações no campo que se remete à digitalização de todos os processos de produção agropecuária. As inovações vão além de uma simples mecanização, pois todas as operações e decisões passam a ser orientadas com base nos dados colhidos por dispositivos conectados.
Além da conectividade, a revolução tecnológica permite monitorar operações agrícolas, reduzir desperdícios, custos e contribuir para o aumento da produtividade no campo.
Na prática, ocorre a integração de todos os sistemas em tempo real a partir de Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial (IA), Machine Learning, Advanced Analytics, nano e biotecnologias, computação em nuvem e comunicação entre máquinas.
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Futuro da produção no campo
Apesar de ainda não existir uma integração total das ferramentas, as propriedades agrícolas já podem usufruir de:
- sensores de temperatura e umidade;
- imagens aéreas e pulverizações feitas por drones;
- tecnologia GPS e mecanização de processos.
A curto prazo a utilização das inovações deve ser acelerada com a chegada da internet 5G, que possibilitará um salto tecnológico no campo. A conectividade permitirá a autonomia completa das máquinas, desde a coleta de dados, interpretação de informações, tomada de decisões e realização de atividades agrícolas.
O elemento humano não será dispensado, mas estará restrito ao acompanhamento das operações, que poderá ser feito de forma remota e fora da propriedade.
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Fonte: World Government Summit, Totvs, Jacto, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).