Jurubeba: conheça mais dessa planta medicinal

17 de outubro de 2022 4 mins. de leitura
Saiba para quais doenças o consumo da jurubeba é recomendado e quais são as melhores práticas para o cultivo

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A jurubeba, também chamada de juribeda ou jupeda, é comum em quase todo o território brasileiro e tem propriedades medicinais importantes. Os atributos curativos da planta são conhecidos por diversos povos e populações tradicionais, por isso a espécie faz parte da relação de plantas para o desenvolvimento de fitoterápicos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar da importância, a jurubeba deve ser consumida com moderação, pois o uso em excesso pode causar danos à saúde. Saiba mais da planta, das propriedades dela e das doenças que ela previne ou ajuda a combater e descubra como cultivá-la.

Fruto maduro da Jurubeba. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)
Fruto maduro da Jurubeba. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

A jurubeba, de nome científico Solanum paniculatum, é uma planta do tipo arbusto e que gera frutos do tipo baga de cor verde-clara, quase amarelados. O caule é espinhoso, e tanto as partes da planta como o fruto têm gosto amargo. As folhas são sinuosas, sendo lisas na parte superior e peludas na parte inferior.

A planta da jurubeba é mais comum no Norte e no Nordeste, porém pode ser encontrada em todo o Brasil, adaptando-se a climas tropicais e subtropicais. As propriedades medicinais são comprovadas, mas é recomendado o acompanhamento de um profissional durante o uso, já que pode causar efeitos colaterais, atacando principalmente o sistema digestivo.

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Propriedades medicinais da jurubeba

A jurubeba tem forte ação antioxidante e digestiva, o que auxilia no trato intestinal. A planta é composta de muitas fibras insolúveis e tem substâncias terapêuticas que estimulam a digestão, evitam a acidez no estômago e reduzem os gases. Além disso, são conhecidas também as propriedades anti-inflamatórias e diuréticas naturais, o que ajuda a purificar o sangue e desobstruir o baço e o fígado.

Por essas propriedades, a jurubeba é utilizada no tratamento de doenças como:

  • gastrite e sensação de queimação no estômago;
  • excesso de gases;
  • prisão de ventre;
  • náusea;
  • artrite;
  • bronquite;
  • tosses e gripes;
  • artrite e outras inflamações;
  • hepatite e icterícia;
  • feridas na pele;
  • problemas no baço;
  • diabete;
  • infecções na bexiga e no trato urinário;
  • erisipela.

A planta é aproveitada praticamente por inteiro. As diferentes receitas utilizam as folhas, os frutos e até a raiz da jurubeba no preparo de remédios, chás, tinturas, sucos, frutos em conserva e em pó.

Mesmo com tantos benefícios, especialistas alertam que o uso contínuo da jurubeba por mais de sete dias pode causar problemas como diarreia, inflamações no intestino, aumento no número de enzimas hepáticas, gastrite, dores de cabeça e no corpo, cansaço, além de náuseas e vômitos. Portanto, sempre procure acompanhamento médico ou de especialista em Fitoterápicos na hora de iniciar um tratamento.

Planta de jurubeba na natureza. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)
Planta de jurubeba na natureza. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Plantio da jurubeba

A Solanum paniculatum pode ser cultivada em casa, em pequenas hortas, ou em escala comercial. O plantio é realizado por meio de sementes que podem ser recolhidas de outras plantas ou compradas. A planta parece um arbusto e pode alcançar altura entre 1,5 metro e 2,5 metros.

Para plantar jurubebas e outras plantas da mesma família, recomenda-se espaçamento de 1,5 metro entre as linhas e de 1 metro a 2 metros entre cada planta. As sementes devem ser inseridas em covas com cerca de 300 gramas de composto orgânico, e o terreno deve ser capinado para evitar a invasão de plantas concorrentes.

Recomenda-se podar a planta para que ela alcance altura máxima de 1,8 metro, o que facilita a colheita. Se a planta ultrapassar essa altura, a poda dos galhos mais velhos pode ser necessária.

A jurubeba dá frutos cerca de quatro meses após o plantio, os quais devem ser colhidos ainda verdes e imaturos. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o rendimento do hectare da cultura pode variar entre 4 mil e 5 mil quilos por safra.

Fonte: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais. Tua Saúde, A Lavoura, Governo Minas Gerais, Summit Saúde Estadão

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