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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, ficará em 8% em 2021, segundo a previsão do mercado financeiro, divulgada nesta segunda-feira (13), no Boletim Focus do Banco Central. O número é o dobro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM), que é de 3,75% ao ano.
A expectativa do mercado para inflação este ano aumentou pela vigésima terceira vez seguida. Com isso, a previsão para a taxa Selic subiu de 7,63% para 8% ao ano, o que deve encarecer empréstimos e financiamentos. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros para 5,25% ao ano. No início de 2021, a Selic estava em 2% anuais.
Com juros mais altos e inflação em aceleração, houve uma redução na estimativa de crescimento da economia. A expectativa dos economistas para a elevação do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 5,15% para 5,04% em 2021. Para o próximo ano, a previsão do mercado recuou de um crescimento de 1,93% para 1,72%.
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O IPCA em agosto ficou em 0,87%, a maior variação para o mês nos últimos 21 anos. A inflação do grupo alimentação e bebidas foi a segunda com maior impacto no índice. Em agosto, o segmento registrou uma alta de 1,39%.
A alimentação fora do domicílio saiu de um aumento médio de preços de 0,14% em julho, para 0,76% em agosto, puxado pela inflação do lanche (1,33%) e da refeição (0,57%). No caso da alimentação no domicílio, os preços registrados em agosto tiveram um crescimento maior. Durante o mês foi registrada inflação de 1,63%, mais que o dobro que os 0,78% de julho.
Os alimentos que tiveram as maiores altas foram a batata-inglesa (19,91%), o café moído (7,51%), o frango em pedaços (4,47%), as frutas (3,90%) e as carnes (0,63%). Por outro lado, a cebola e o arroz registraram quedas de, respectivamente, 3,71% e 2,09%.
O que é inflação?
A inflação é o declínio do poder de compra do consumidor ao longo do tempo. Uma estimativa da taxa inflacionária reflete o aumento de um nível de preço médio de bens e serviços em um período.
O aumento no nível geral de preços, frequentemente expresso em porcentagem, significa que um mesmo valor compra menos do que em períodos anteriores, afetando mais as camadas mais populares. O fenômeno econômico gera incertezas sobre a capacidade de crescimento de uma economia e desestimula investimentos.
Fonte: Banco Central do Brasil, Agência IBGE de Notícias.