Feijão: mercado em alta e novas tecnologias favorecem produção

2 de novembro de 2020 3 mins. de leitura
Com aumento de preços e baixa disponibilidade do grão durante a pandemia, produtores enxergam bom momento para lucrar com vendas

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O mercado brasileiro de feijão tem-se mantido em alta durante 2020. Segundo os dados divulgados pela Universidade de São Paulo (USP), produtos como hortaliças, frutas e feijão tiveram um aumento de consumo de 11% nos seis primeiros meses da pandemia do novo coronavírus.

Além disso, o aumento nos preços de prateleira do grão gerados pela sua baixa disponibilidade tem criado um ótimo cenário para que os agricultores faturem mais com as vendas, sobretudo em Santa Catarina. Somente em agosto, os produtores de feijão-carioca catarinenses receberam cifras 67% superiores ao mesmo período do ano anterior, enquanto que a elevação foi de 52% para os produtores de feijão-preto.

Intenção do plantio de feijão aumenta expectativas

Consumo de feijão cresceu durante os seis primeiros meses da pandemia.(Fonte: Shutterstock)
Consumo de feijão cresceu durante os seis primeiros meses da pandemia.(Fonte: Shutterstock)

Consumo de feijão cresceu durante os seis primeiros meses da pandemia.(Fonte: Shutterstock)

Os bons preços praticados no mercado e a necessidade de rotação de culturas no Sul do Brasil geraram boas expectativas entre os produtores e devem fazer com que a área de plantio em Santa Catarina fique em 35,7 mil hectares, segundo os dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Os produtores de feijão também esperam que o nível de produtividade das safras aumente consideravelmente durante a segunda colheita do ano após o primeiro semestre ter sido comprometido pela estiagem que atingiu a região Sul do Brasil.

Enquanto a safra de 2019/2020 obteve um rendimento de 1.748 kg/ha, a safra catarinense de 2020/2021 deve conquistar uma produtividade de 2.033 kg/ha — 16,3% superior ao ano anterior. Durante a última temporada, o estado de Santa Catarina teve queda de 2,8% na colheita em função das condições climáticas, produzindo apenas 102 mil toneladas.

A segunda quinzena de outubro marca o início do cultivo de boa parte da produção brasileira, já que a chegada do verão reduz a probabilidade de perdas causadas pelas variações de temperaturas e geadas nos campos.

Novidades no mercado

Forte estiagem no Sul do Brasil prejudicou produtividade da safra de feijão 2019/2020. (Fonte: Shutterstock)
Forte estiagem no Sul do Brasil prejudicou produtividade da safra de feijão 2019/2020. (Fonte: Shutterstock)

Forte estiagem no Sul do Brasil prejudicou produtividade da safra de feijão 2019/2020. (Fonte: Shutterstock)

O novo produto lançado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é outro fator que despertou a atenção dos produtores para esse novo ciclo de feijão brasileiro. Chamado de feijão-carioca BRS FC402, o grão especial possui período de cultivo normal (entre 85 e 94 dias), porém muito mais eficiente.

De acordo com a Embrapa, o grão possui excelente produtividade, alta resistência a doenças e qualidade elevada. A BRS FC402 chega ao mercado com potencial médio de produção de 4,5 mil kg/ha, o que ajudaria a instaurar sistemas mais sustentáveis nas lavouras, já que no mesmo espaço será possível produzir mais.

O produto é protegido contra antracnose e a murcha-de-fusário, duas das principais ameaças à produção de feijão, prometendo ser um grão extremamente versátil e adaptável às diversas regiões do Brasil.

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Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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