Produtividade e qualidade do feijão-carioca aumentam com uso da genética

25 de setembro de 2020 3 mins. de leitura
Sementes melhoradas geneticamente mostram resultado benéfico tanto para o produtor quanto para o consumidor final

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Poucas coisas definem melhor um brasileiro do que a paixão pelo arroz com feijão. O prato é a preferência nacional, estando na mesa da maioria das pessoas. E, das mais de 15 variedades existentes, o feijão-carioca é o líder absoluto, sendo o mais consumido no país. Por isso, é importante que seu cultivo e manejo seja o melhor possível.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2019/2020 deve atingir 1,9 milhão de toneladas de feijão-carioca. A leguminosa é cultivada em todo o país e durante o ano todo, dependendo da localidade. Essa ampla gama de terrenos e temperaturas gera desafios aos agricultores para conseguir a melhor produção, sem registro de perdas.

A produtividade atual estimada é de 1,5 tonelada por hectare, mas estudos indicam que ela poderia ser até três vezes maior. Para isso acontecer, é importante que os produtores de feijão apliquem tecnologias para o manejo do solo e das sementes, bem como para afastar as pragas. Uma das práticas que têm ampliado a produtividade e a qualidade é o uso de sementes melhoradas geneticamente.

Tecnologias aumentam a produtividade e a qualidade do feijão. (Fonte: Cleverson Beje/FAEP)
Tecnologias aumentam a produtividade e a qualidade do feijão. (Fonte: Cleverson Beje – FAEP/Reprodução)

Uma questão genética

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima que a produtividade do feijão-carioca tem crescido 0,72% ao ano após a utilização de plantas geneticamente superiores. A pesquisa aborda um período de pouco mais de duas décadas e mostra que, no acumulado, a produção aumentou 380 quilos por hectare. Além disso, o aprimoramento genético foi aplicado em quatro regiões produtoras (Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste), em 20 ambientes diferentes e em três épocas de plantio.

“Como o estudo foi conduzido com repetições e em vários ensaios no campo, foi possível representar mais fielmente as condições de interação entre os genótipos e os diferentes ambientes de cultivo; e fazer uma estimativa consistente do progresso genético médio para produtividade de grãos, por meio do método do tipo direto, permitindo alcançar resultados bastante precisos”, explica Luis Claudio de Faria, que participou do programa da Embrapa, em entrevista ao Rural Pecuária.

Além da produtividade, o melhoramento genético mostra ganhos na qualidade dos grãos. A Embrapa estima um crescimento de 2,37% ao ano na qualidade do feijão-carioca, com base em critérios como tempo de cozimento, coloração do caldo e rendimento de grãos inteiros, em pesquisa feita com consumidores.

Melhoramento genético gera sementes de maior qualidade. (Fonte: ANPr)
Melhoramento genético gera sementes de maior qualidade. (Fonte: ANPr/Reprodução)

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