Controle da erosão: estudo prova eficácia de técnicas preventivas
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A erosão remove a camada superficial de um terreno, que é a parte mais produtiva do perfil do solo para a agricultura. Principal causa da degradação de terras agrícolas, o processo erosivo reduz a capacidade de o chão armazenar água e nutrientes, prejudicando o crescimento das culturas, provocando diminuição na produtividade e aumento nos custos de produção.
Por isso, um grupo de pesquisa agropecuária foi formado no Paraná para coletar dados sobre a erosão do solo e analisar alternativas para a redução desse processo danoso. A Rede Paranaense de Agropesquisa, iniciada em 2015, conta com 150 pesquisadores de 19 instituições em todas as regiões do estado.
São necessários, pelo menos, 10 anos de análises das propriedades físicas, químicas e biológicas para conclusões mais sólidas quanto ao manejo adequado do solo. No entanto, os dados preliminares já dão indicativos da eficácia de técnicas preventivas que podem ser utilizadas para combater a erosão.
Plantio direto
O plantio direto, desde os estudos realizados no Paraná na década de 1980, vem se demonstrando um excelente método para melhorar a qualidade do solo e evitar perdas decorrentes da erosão. A prática proporciona economia na fertilização e redução de custos nas operações agrícolas.
Um estudo conduzido no Paraná, publicado na revista Soil and Tillage Research em 2021, aponta que a produtividade da soja utilizando o plantio direto foi de 72 sacas por hectare, enquanto o plantio convencional produziu 63 sacas por hectare nas mesmas condições de solo, clima e semente.
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Terraceamento
O terraceamento, técnica que impede a erosão hídrica em locais acidentados, foi capaz de reduzir a perda total de solo de forma substancial, quando comparado a áreas sem terraço. No município de Dois Vizinhos, durante uma chuva com volume de 68 milímetros no dia 30 de maio de 2019, foi observado um escoamento de 6 litros de água por segundo.
De acordo com cálculos baseados em uma série de fatores metodológicos, os pesquisadores estimam que houve uma perda total de 305 quilos de solo na área sem terraço. Enquanto isso, o terraceamento possibilitou uma perda de apenas 27 quilos.
A compilação de dados em um período maior ajudará a definir critérios técnicos para determinar o espaçamento e dimensionamento de terraços de acordo com a intensidade das precipitações.
Rotação de culturas
No Paraná, a rotação de culturas tem ajudado os agricultores a colher metade da produção nacional de trigo, que é de aproximadamente 6,2 milhões de toneladas por ano.
O cereal tem-se tornado a principal alternativa para a sucessão do cultivo da soja, que ocupa 5,5 milhões de hectares no estado. Sendo assim, durante o período de abril a outubro, os sojicultores podem contar com a rentabilidade de uma nova safra ao mesmo tempo que melhoram a conservação do solo.
Preservação de matas ciliares
Um experimento publicado na revista Ciência do Solo foi conduzido em uma bacia hidrográfica em Paranavaí e indicou as culturas mais adequadas para as matas ciliares de acordo com o tipo de cada solo. Presente na margem de nascentes e cursos de água, a vegetação é importante para garantir a preservação do solo e evitar o processo erosivo.
Culturas temporárias, como soja e mandioca, e permanentes, como fruticultura e pastagens, mostraram-se eficazes para serem cultivadas em latossolos.
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Fonte: Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Redeagro Paraná.
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