Queda na produção e no consumo interno devem fazer brasileiros continuarem pagando caro por arroz no mercado
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As primeiras colheitas da safra de arroz 2020/21 foram iniciadas no Rio Grande do Sul no fim de fevereiro. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Rio Grandense do Arroz, até o momento foram colhidos cerca de 12.468 hectares do grão — o que representa 1,32% da área total semeada, que é de 944.841 hectares.
Segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra deste ano deve ter um recuo de 2,5% comparada ao ano anterior: no total, estima-se que a colheita deva atingir 10,9 milhões de toneladas. Também é esperado que o consumo anual da população caia para 10,8 milhões de toneladas, 1,8% menor ante o último comparativo.
Embora a área plantada de arroz tenha aumentado 12% para 2020/21 — o primeiro avanço em dez anos —, a queda da demanda interna pelo grão deve fazer os brasileiros continuarem encontrando o produto com valores expressivos nas prateleiras dos supermercados.
Em 2020, a cotação da saca de 50 quilos vinda do Rio Grande do Sul chegou a ultrapassar a marca de R$ 100 pela primeira vez desde que o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) passou a realizar seus levantamentos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS).
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Por mais que a tendência seja de que os preços abaixem com a chegada da nova safra em março de 2021, é pouco provável que os consumidores internos voltem a encontrar sacas de 50 quilos custando por volta de R$ 40, como foi antes do início da pandemia; a expectativa é de que o preço do arroz flutue acima dos R$ 60.
Em relatório oficial, a Conab explicou que a safra de arroz observou uma queda de produtividade após as chuvas no Sul do Brasil durante os últimos meses não terem sido suficientes para abastecer as barragens que fornecem a água necessária para irrigar as plantações.
Mesmo assim, os números apresentados em 2021 seguem sendo superiores às médias obtidas nos últimos anos. Atualmente, o Rio Grande do Sul responde por 70% do volume de arroz produzido no País. Atravessando um cenário de escassez hídrica e ainda impactados pelo período forte de estiagem de 2020, os produtores da região torcem para que as condições climáticas favoreçam uma retomada comercial para equilibrar a perda produtiva recente.
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Fonte: GZH, Contraf.