Mercado da carne continua sustentando alta do preço de bois, aves e suínos que tem sido registrada nos últimos meses
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O mercado das carnes brasileiras deve continuar com cotações firmes e cenário favorável tanto no mercado interno quanto externo, de acordo com a avaliação do relatório Agro Mensal do Itaú BBA em outubro.
Em setembro, a carne bovina no atacado registrou recordes históricos e ampliou a velocidade das altas observadas nos meses anteriores. Os produtores suínos também têm cenário favorável, com o preço do animal e da carne registrando valores 70% superiores quando comparados a setembro de 2019.
A alta dos preços do boi e de suínos favorece maior demanda por aves, mas a disponibilidade doméstica de frangos pode dificultar uma correção mais expressiva desse produto. Assim, as vendas de carne de ave devem seguir em alta, porém com margens apertadas.
A oferta de gado gordo continuará restrita, mesmo com maior oferta de carne dos confinamentos. Isso acontece porque o mercado é escasso devido à falta de chuvas no centro do Brasil. Com isso, os animais terminados a pasto só devem começar a ser vendidos a partir do início de dezembro, mas não se sabe se será suficiente para gerar novas altas na mesma aceleração dos últimos meses.
As exportações para a China começaram a diminuir, e os reajustes de preço estão abaixo do aumento de matéria-prima. O mercado interno continua aquecido, mas ainda sob o efeito positivo do Auxílio Emergencial, que deverá terminar em breve. Assim, o pecuarista deve ter cuidado ao escalar operações futuras, em especial por conta do preço da reposição nos sistemas de recria e engorda, o que pode deixar a produção sem margem de segurança caso o preço do boi não continue subindo com a mesma velocidade.
Após sólido movimento de alta desde julho, o animal estabilizou em alto patamar no fim de setembro, e a demanda forte das exportações e no mercado doméstico traz boa perspectiva para os suínos. Ainda que haja alta adicional nos custos de produção, há bastante margem na atividade para suportar a situação.
A China, principal comprador de suínos brasileiros, está se esforçando para conseguir a autossuficiência para sua demanda de proteínas animais, mas essa meta não tem prazo para ser alcançada e não deve ocorrer em curto período. O registro de casos de peste suína africana na Alemanha deve favorecer os embarques brasileiros para o país asiático, além de destinos europeus.
No atacado paulista, o frango congelado teve aumento de 13,2% em setembro em relação a agosto, com variação superior à de carcaças bovinas e de carne suína. Apesar dessa alta, a carne das aves continua sendo relativamente mais barata que a bovina, o que deve sustentar os preços.
As margens da avicultura seguem pressionadas, e é pouco provável que os custos sejam reduzidos nos próximos meses. Sem considerar novos aumentos no custo da ração, o preço da ave viva ainda precisa de alta aproximada de 7% para voltar a operar com boa margem na engorda.
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Fonte: Agro Mensal do Itaú BBA.