Volume de produção do café arábica deve cair 31,5% em relação a 2020, enquanto expectativa para o conilon é de alta de 7,9%
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção total de café na safra de 2021 do Brasil deverá alcançar 48,8 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa queda de 22,6% frente à temporada anterior, quando foram colhidos 63 milhões de sacas.
Entre os principais motivos da redução do volume produzido, estão a baixa produtividade devido à bienalidade negativa na maior parte do País, a diminuição da área em produção e a estiagem durante as fases de desenvolvimento dos grãos.
A expectativa de produção da espécie arábica é de 33,3 milhões de sacas, uma diminuição de 31,5% quando comparado à safra passada. No entanto, a produção estimada do conilon apresenta alta de 7,9% em relação a 2020, com colheita na ordem de 15,4 milhões de sacas.
Em 2021, a área destinada à cafeicultura, quando consideradas as duas espécies, totaliza 2,2 milhões de hectares, representando acréscimo de 2,6% sobre a área cultivada no ciclo anterior. Porém, as lavouras em produção somam 1,824 milhão de hectares, em redução de 3,2% em relação ao período anterior. Em contrapartida, a área de formação deverá ter acréscimo de 41,4%, alcançando 392 mil hectares.
A área cultivada com café arábica representa cerca de 81% do total destinado à cafeicultura nacional e está estimada em 1,806 milhão de hectares. A maior parte das lavouras, quase 72%, está concentrada em Minas Gerais.
Já a estimativa para o café conilon é de crescimento de 2,1% da área total, somando 410 mil hectares. Desse total, 376 mil hectares devem estar em produção e 34 mil hectares, em formação. Dois terços das lavouras da espécie estão no Espírito Santo.
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Nesta temporada, a produtividade média nacional prevista pela Conab é de 25 sacas por hectare, em redução de 25,4% quando comparada à safra de 2020, quando foram colhidas 33,5 sacas por hectare. O ciclo atual deverá ser marcado pelo efeito da bienalidade negativa, especialmente do café arábica, e pelas chuvas insuficientes em grande parte das regiões produtoras durante fases importantes para o desenvolvimento do grão.
A Conab estima que o rendimento médio da espécie fique em 23 sacas por hectare, uma redução de 28,5% em comparação ao resultado obtido em 2020. No caso do conilon, por ser uma espécie mais rústica, a alternância bienal de produtividade será menos sentida. De modo geral, a capacidade média dessa espécie para a temporada 2021 está estimada em 41,1 sacas por hectare, um resultado 5,9% maior que o da safra passada.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estima que a produção mundial de café deve alcançar 175,5 milhões de sacas de 60 quilos no ciclo 2020/2021, em crescimento de 4,1% em relação à safra anterior. O consumo é estimado em 165,4 milhões de sacas, o que deve elevar o estoque do produto de 36,7 milhões para 41,3 milhões de sacas.
O Brasil continuará sendo o principal produtor mundial do grão, seguido pelo Vietnã, que deverá colher 29 milhões de sacas com quase toda a produção concentrada na espécie conilon, e pela Colômbia, com produção estimada em 14,1 milhões de sacas de café arábica.
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Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).