O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresentou a intenção de plantio nos país e não supriu as expectativas do mercado
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou no fim de março o relatório de intenção de plantio do país para a safra 2021/2022. Os dados apresentados não foram compatíveis com as expectativas do mercado do agronegócio.
No caso da soja, a projeção é que sejam plantados 35,4 milhões de hectares, o que representa aumento de 5,4% em relação à safra passada, mas, ao mesmo tempo, trata-se de um número 2,8% menor do que o esperado pelos especialistas. O aumento da intenção de plantio do milho foi de apenas 0,3% em relação ao ano anterior; com isso, a perspectiva é que a próxima safra conte com 36,9 milhões de hectares, também mais baixa do que a expectativa dos agentes, que era de 37,7 milhões.
Como consequência, os balanços de oferta e de demanda dos EUA devem ficar elevados, pois ao assumir o cenário apresentado pelo USDA a disponibilidade da soja deve ser 3% menor e a do milho 2,3% menor em relação ao ano passado. Isso indica que a relação de estoque e uso pode variar em torno de 9%, no menor nível desde a safra 2013/2014.
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O balanço de oferta e de demanda global deve seguir apertado em virtude da quebra de expectativas quanto à intenção de plantio dos EUA na safra 2021/2022. No caso do agronegócio brasileiro, para evitar maiores prejuízos, o esperado é que ocorra aumento de 4% na produção de soja e de milho, mas os preços devem responder de maneira bruta, considerando que a alta será necessária, a fim de conter a demanda diante da perspectiva apertada nos EUA.
A tendência é que os estoques mundiais se mantenham sob pressão. Consequentemente, qualquer perspectiva negativa, como as condições climáticas desfavoráveis, pode levar os preços a patamares bastante altos.
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Fonte: USDA.