5 alimentos que estão mais baratos em 2021

15 de outubro de 2021 4 mins. de leitura
Nem todos os alimentos ficaram mais caros em 2021. Confira quais produtos do agronegócio estão mais baratos em comparação ao ano passado.

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A inflação de agosto de 2021 foi a maior para o mês desde 2000. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,87%, com uma alta acumulada de 9,68% nos últimos 12 meses.

O setor de comida e bebida foi o segundo que mais contribuiu para a elevação de preços, ficando atrás apenas dos combustíveis. Apesar disso, nem todas as mercadorias alimentícias apresentaram alta no período. A cotação de alguns produtos agrícolas teve um recuo. Confira cinco alimentos que ficaram mais baratos em 2021.

1. Arroz

Cotação do arroz recua após patamar recorde registrado em 2020. (Fonte: Shutterstock/zendograph/Reprodução)
Cotação do arroz recua após patamar recorde registrado em 2020. (Fonte: Shutterstock/zendograph/Reprodução)

O excesso de demanda no mercado externo e a falta de oferta no Brasil fizeram o preço do arroz explodir no final de 2020. Entretanto, em 2021, a tendência se inverteu: a oferta do grão aumentou enquanto a procura não acompanhou o crescimento. Isso fez o preço da saca de 50 kg do arroz em casca no Rio Grande do Sul sair de R$ 104,39, em setembro do ano passado, para R$ 75,24 no mesmo mês deste ano, segundo indicador Esalq/Senar-RS.

2. Cebola

O preço da cebola no atacado em São Paulo está um terço mais barato em 2021, aponta dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). O cenário de oferta elevada vem derrubando os preços e mantendo a rentabilidade do produtor no vermelho. Em São Paulo, a saca de 20 kg da cebola amarela híbrida do cerrado tipo 2, está cotada a R$ 24,50, enquanto o bulbo era vendido por R$ 37,36 há 12 meses.

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3. Maçã

Demanda por maçã ainda está reduzida em razão da pandemia. (Fonte: Shutterstock/Serhii Hrebeniuk/Reprodução)
Demanda por maçã ainda está reduzida em razão da pandemia. (Fonte: Shutterstock/Serhii Hrebeniuk/Reprodução)

Os fatores climáticos prejudicaram a safra de maçã 19/20 na Região Sul do Brasil, o que fez com que as cotações subissem significativamente. Em 2021, com uma temporada normalizada, mas ainda sob restrições no funcionamento de escolas e cozinhas industriais, a demanda continua limitada. No Ceagesp, segundo o Cepea, a caixa de 18 kg da fuji graúda foi vendida no atacado a R$ 74,47 em setembro, frente a R$ 113,88 no ano passado.

4. Manga

As medidas restritivas por conta da covid-19 também afetaram o consumo de manga. Além disso, a fruta produzida no Vale do São Francisco, importante produtor, encontra dificuldades para escoamento no Sudeste, principal Região consumidora, devido ao frio. Com isso, a variedade Palmer ficou cotada em R$ 2,64/kg, um valor 35% mais baixo que o registrado em setembro de 2020, quando o preço era de R$ 4,05/kg, segundo Cepea/Esalq.

5. Carne Suína

Enquanto a cotação do boi chegou a patamares históricos e levou junto os preços do frango, a carne suína apresentou uma baixa na comparação entre setembro de 2021 e do ano passado, segundo Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq. Em 2020, o kg do animal era negociado a R$ 8,12 em Minas Gerais. Neste ano, a cotação caiu para R$ 6,83/kg, uma redução de quase 16%.

As vendas externas do animal vivo e da carne seguem aceleradas. Em março, as exportações alcançaram o maior recorde da história, seguido pelos embarques do mês de julho, indicando ainda uma alta no apetite chinês. Apesar disso, as vendas domésticas estão lentas, o suficiente para enfraquecer a cotação e deixar os produtores preocupados com as margens reduzidas devido ao alto custo da soja e do milho.

Fonte: Cepea/Esalq, HF Brasil, Agência IBGE de Notícias.

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