Para safra 2021/2022, o USDA elevou em 2,6 milhões de toneladas a estimativa da produção mundial, puxada pela colheita na Argentina e no Brasil
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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que serão colhidas 395,37 milhões de toneladas de soja no mundo durante a safra 2022/2023, de acordo com um relatório divulgado em junho. O volume representa um avanço de 680 mil toneladas em comparação ao projetado no mês anterior, puxado pelo aumento do plantio na Ucrânia e Austrália.
Para a safra 2021/2022, o órgão espera que sejam colhidas 352 milhões de toneladas do grão, o que significa um incremento de 2,6 milhões de toneladas frente à estimativa anterior. O resultado foi impulsionado pela expectativa de crescimento de 1,4 milhão de toneladas na produção da Argentina e 1 milhão de toneladas no Brasil.
A China se mantém isolada como a maior consumidora e importadora do grão. O USDA prevê que o mercado doméstico chinês absorva 108,7 milhões de toneladas em 2021/2022 e outras 115,6 milhões de toneladas em 2022/2023. Desse volume, 92 milhões de toneladas foram importadas na temporada recém-encerrada, e 99 milhões serão compradas na próxima safra.
O Brasil produziu 126 milhões de toneladas de soja em 2021/2022, segundo estimativas do órgão. Para 2022/2023, a produção deverá avançar 18% e alcançar 149 milhões de toneladas do grão e, em cada uma das duas temporadas, cerca de 52 milhões de toneladas são destinadas ao consumo interno.
A maior parte do volume é destinada para os embarques, o que garante ao País o título de maior exportador mundial de soja, seguido pelos Estados Unidos (EUA). Na safra anterior, 82,2 milhões de toneladas partiram dos portos brasileiros para o exterior entre julho de 2021 e junho de 2022, enquanto 88,5 milhões de toneladas devem ser exportadas na próxima temporada.
O País entrou na safra anterior com 29,4 milhões de toneladas de soja em estoque e encerrou a temporada com 21,9 milhões de toneladas. Ao final da safra 2022/2023, os estoques devem ser recompostos e superar as 31,5 milhões de toneladas, de acordo com as projeções do USDA.
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Os estoques mundiais de soja também recuaram ao longo da temporada 2021/2022 e serão recompostos na safra 2022/2023, como prevê o USDA. Isso se deve à diferença entre o crescimento de mais de 10% da produção frente ao aumento de aproximadamente 3% do consumo.
Em julho de 2021, eram quase 100 milhões de toneladas estocadas do grão. O volume caiu para 86,1 milhões de toneladas um ano depois, devido ao aumento das exportações. No fim da temporada 2022/2023, os estoques globais da commodity deverão superar os 100,4 milhões de toneladas. Além do Brasil, os Estados Unidos e a Argentina são os países que mais devem contribuir para a recomposição.
Dessa maneira, na estimativa realizada em junho, o USDA estima que o preço da soja seja de US$ 14,7 por bushel ao final da safra — um avanço de US$ 0,30 em comparação à previsão do mês anterior.
Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)