Apesar da queda nas importações de carne e frutas brasileiras e a crise por causa da pandemia do novo coronavírus, bloco continua sendo o segundo maior parceiro comercial do Brasil
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A relação comercial entre Brasil e União Europeia (UE) tem sentido os efeitos da pandemia do novo coronavírus no início de 2020. O último relatório da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), feito no fim de abril, apontou uma queda nos índices de importação de produtos nacionais pelos países europeus.
De acordo com o documento, os principais itens que apontaram quedas significativas nos números de exportação foram a carne bovina e as frutas. O relatório mostra que, no primeiro trimestre do ano, a venda de carne bovina para a União Europeia caiu para 21,6 mil toneladas. Em 2019, o comércio desse produto alcançou a marca de 24,5 mil toneladas no mesmo período.
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A pandemia tem sido particularmente severa na Europa — principalmente em países como a Itália e a Espanha. Por conta da dificuldade para conter o avanço do vírus no continente, a Associação Europeia das Cooperativas Agrícolas anunciou que o setor de carne bovina na Europa foi um dos grandes prejudicados pela crise e pode demorar um pouco para que o bloco se restabeleça neste mercado.
O impacto da diminuição de consumo de carne no velho continente chegou a vizinhos do Brasil. Um exemplo é a Argentina, que também observou queda nas exportações de carne.
Uma das commodities que mais tem sido afetada durante a pandemia da covid-19 na Europa é o milho. Com participação na produção de combustíveis, como o etanol, o produto perdeu força no mercado ao observar uma queda na demanda dos Estados Unidos — maior comprador do bloco econômico europeu.
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Após o valor da commodity cair abaixo do piso do bloco europeu dentro do mercado norte-americano, a UE informou que cobraria 5,27 euros por tonelada de milho exportado para os Estados Unidos.
A aplicação do imposto é uma medida provisória para blindar os países europeus de maiores desvalorizações de seus produtos internos. Em caso de voltar o aumento nos preços do milho, está acordado que a UE deve retirar os acréscimos no valor do alimento.
Os últimos lançamentos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) demonstraram que o Brasil se manteve estável no primeiro trimestre de 2020. Com leve queda de 0,4% nas exportações em comparação com o ano anterior, o País fechou a balança com US$ 21,4 bilhões em vendas.
Medidas para proteção do agronegócio durante a pandemia
Apesar de ter sido o primeiro país impactado com a disseminação do novo coronavírus, a China seguiu sendo a principal parceira comercial do Brasil. O país asiático representou 34% dos embarques brasileiros, totalizando US$ 7,2 bilhões. Em segundo e terceiro lugares, ficaram a União Europeia e os Estados Unidos, respectivamente.
A soja em grãos, a carne bovina e a carne de frango in natura foram os principais produtos internos comercializados com o exterior. Em relação ao mesmo período de 2019, as vendas de carne bovina cresceram 29,9%.
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Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).