Estimativas recentes apontam que safra atual de café deve crescer 4,4% em relação à temporada anterior
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A safra 2023/2024 de café deve ter um volume produzido de 66 milhões de sacas de 60 quilogramas, projetou o Rabobank. O número representa um avanço de 4,4% frente à temporada anterior, no entanto, as últimas estimativas significam um recuo de 1,1 milhão de sacas em comparação às previsões do início do ano.
As projeções para o café arábica são de 42,7 milhões de sacas, um patamar 6,4% maior que a temporada anterior, mas o volume recuou 1,3 milhão de sacas em relação às estimativas anteriores. A baixa se deu por conta do “alto índice de abortamento de frutos na região da Zona da Mata Mineira e uma situação irregular no sul de Minas Gerais”, apontou o Rabobank.
Quanto ao conilon, as boas condições dos cafezais da Bahia, Espírito Santo e Rondônia devem impulsionar a safra, que está estimada em 23,3 milhões de sacas. Em comparação às projeções anteriores do banco holandês, houve um acréscimo de 200 mil sacas do grão tipo robusta.
O mercado internacional de café apresentou preços mais altos em abril de 2023, principalmente devido à escassez de oferta em relação à demanda. A Organização Internacional do Café (OIC) prevê que o mercado terá um déficit de oferta e demanda de 7,26 milhões de sacas em 2022/2023, o que reforça a ideia de aperto no curto prazo.
Em Londres, o mercado reflete uma combinação de oferta limitada com demanda firme da indústria, crescente pelo robusta ante a disponibilidade limitada do arábica nas últimas temporadas. Enquanto isso, em Nova York, o arábica para julho chegou a bater a máxima do mês em 204,90 centavos de dólar por libra-peso, em 18 de abril.
A pressão sobre as cotações é vista com normalidade, uma vez que a colheita da safra brasileira está no início. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial e a indústria doméstica está preocupada com o atraso da colheita do conilon na entrada de safra, o que também ajudou a elevar as cotações da commodity.
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As exportações de café do Brasil sofreram uma queda expressiva no mês de março deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o País exportou cerca de 3,08 milhões de sacas, o que representa uma redução de 19% em relação ao ano anterior.
Esse declínio pode ser atribuído à entressafra, bem como aos estoques reduzidos após duas colheitas menores em 2021 e 2022, ocasionadas por uma longa estiagem, seguida da maior geada dos últimos 27 anos. Além disso, as vendas internacionais do grão arábica caíram 19,3%, para 2,67 milhões de sacas, enquanto as de robusta baixaram 20,9%, para 107.267 toneladas.
Esses dados preocupam o setor cafeeiro brasileiro. A queda na exportação do produto representa uma diminuição na receita do País, que, em março deste ano, atingiu o montante de US$ 669,5 milhões, uma redução de 26,4% na comparação anual. O setor deve se preparar para as oscilações naturais do mercado e buscar alternativas para garantir a sustentabilidade.
Fontes: Forbes, Rabobank, Safras & Mercado