O fenômeno La Niña afeta os regimes de chuva e de ventos no mundo todo e deve durar até 2023
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A Administração Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), órgão de previsão climática norte-americano, informou que o fenômeno La Niña deve se estender e pode durar até o início de 2023.
As últimas medições do NOAA demonstraram que as águas da faixa equatorial do Oceano Pacífico continuam com um resfriamento acima do normal, o que caracteriza o princípio do fenômeno.
Segundo informe do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o deslocamento das águas frias de camadas mais profundas em direção à superfície voltou a ganhar força, o que causa o resfriamento das águas e afeta o regime de chuvas e de ventos em diversas partes do mundo.
De acordo com o instituto, o fenômeno havia começado a perder força nos meses de fevereiro e março, o que manteve sua classificação como fraca. Em abril, entretanto, a acentuação dos deslocamentos de água voltou a ganhar força, e a classificação do La Niña já está no limite de ser considerada moderada, isso significa que os efeitos climáticos mais severos notados em 2020 e 2021 podem se repetir.
As previsões de duração do fenômeno ainda não são claras. Alguns órgãos afirmam que ele pode acabar depois do inverno, outros que ele chegará a 2023, mas, por enquanto, o fato é que o La Niña estará presente durante o inverno e vai variar a intensidade entre fraca e moderada.
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Apesar de o fenômeno ainda estar em vigência, chuvas regulares — e até acima da média — foram sentidas em diversas localidades no Sul do País. Isso é devido a diversos fatores que influenciam no regime de precipitações e, nos últimos meses, à umidade vinda do Oceano Atlântico que contribuiu para as chuvas no Sul. Contudo, a alta umidade do solo pode ser uma vantagem para enfrentar os próximos períodos que serão mais secos.
A previsão para maio tem algumas surpresas. Uma área de baixa pressão deve continuar influenciando o Sul e o Leste de Santa Catarina, provocando muita chuva e possibilidade de inundações nos primeiros dias do mês. O norte e nordeste do Rio Grande do Sul também ficam sujeitos a maiores precipitações. Passadas as chuvas do início do mês, os efeitos do La Niña devem impedir o surgimento de mais chuvas.
As Regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil devem notar chuvas abaixo da média histórica de maio, já no Norte e Nordeste, as chuvas acima da média devem continuar principalmente na região litorânea. Muitos municípios da região já receberam, nos 4 primeiros meses do ano, a quantidade de chuva esperada para o ano todo.
Fonte: NOAA, Inmet, Tempo e Clima Brasil, Metsul, tempo.com