Valor bruto da produção agropecuária pode crescer 6,3% com implantação do 5G no Brasil, estima Ministério da Agricultura
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O governo federal pretende lançar dois decretos para finalizar a aprovação da licitação da tecnologia 5G no Brasil. As novas normas atendem à recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) e tratam do papel da Telebras na construção da rede privativa do governo e do programa Norte Conectado.
Inicialmente previsto para 2020, o leilão foi adiado ao longo de sua tramitação e está em fase final de liberação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No entanto, um pedido de vistas do conselheiro Moisés Queiroz Moreira suspendeu o processo por prazo indeterminado. Dessa forma, a venda de frequências do 5G corre o risco de não ser realizada em outubro, última data programada pelo Ministério das Comunicações.
Com a publicação dos decretos prevista para semana que vem, as dúvidas levantadas pelo conselheiro podem ser suprimidas de forma antecipada. Moreira anunciou que, se o registro acontecer em tempo, poderá devolver o processo para apreciação do edital de leilão do 5G na próxima reunião do conselho da Anatel, prevista para 30 de setembro.
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O governo federal estuda uma forma de liberar a instalação de redes privadas em fazendas por meio de uma nova portaria que permitirá aos produtores rurais contratarem a conexão de forma autônoma. Essa nova norma pode acelerar a implantação da agricultura e pecuária de precisão, que ainda não avançou por conta da baixa conectividade no campo.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estima que a conexão 5G pode aumentar em 25% a conectividade em propriedades rurais, o que contribuiria para maximizar em 6% o valor bruto da produção (VPB) agropecuária brasileira.
A internet com mais qualidade e velocidade vai tornar possível a implantação de novas tecnologias nas propriedades rurais, permitindo automação de atividades, melhor acompanhamento e maior previsibilidade de produção e integração de dados.
Entre as tecnologias já disponíveis, mas que dependem de alta velocidade de conexão, está a operação remota de drones, tratores e colheitadeiras. O trabalho poderá ser realizado, inclusive, sem intermediação humana, a partir da coleta de dados por uma rede de sensores conectados ao solo, a plantas e a animais, fornecendo um retrato real das condições da propriedade.
O 5G também permitirá a instalação de sistema mais avançados de segurança para impedir roubos e detectar incêndios com a utilização de sensores em portões, cercas e câmeras de detecção de movimento, as quais podem passar a transmitir em tempo real qualquer ocorrência fora do padrão.
Fonte: Governo Federal