As agfintechs utilizam tecnologias para melhorar o ecossistema de finanças no agronegócio, simplificando o acesso ao crédito rural
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O faturamento do agronegócio brasileiro cresceu 147% entre 2011 e 2020, de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Sendo que, nessa década, a ampliação do crédito e uma série de tecnologias contribuíram para a expansão do setor, mas o processo de inovações do campo ainda está longe de terminar.
As agfintechs, startups que trabalham na interseção entre finanças e a agricultura, podem proporcionar o próximo salto de produtividade na agropecuária, pois serão capazes de aumentar o leque de soluções financeiras para os produtores. Essas empresas são focadas em:
O campo é suscetível a uma série de variáveis que fogem do controle do produtor rural, como eventos climáticos e flutuações do mercado. Entretanto, a agricultura preditiva e os dispositivos de rastreabilidade têm gerado projeções confiáveis para produtores e instituições que financiam as atividades agropecuárias.
Calcular o risco de uma operação de crédito para um empreendimento agropecuário sempre foi um desafio para os bancos tradicionais, o que tende a elevar a burocracia exigida e encarecer os juros cobrados no financiamento. Essa realidade está mudando com o uso da tecnologia para liberação de empréstimos ao agronegócio.
Por isso, as instituições financeiras têm investido em alternativas, como o Big Data, a análise de dados e a Inteligência Artificial, para aumentar a segurança e previsibilidade dos contratos, reduzindo riscos, juros e a documentação exigida aos produtores rurais.
A startup Traive, por exemplo, fornece uma avaliação de risco em tempo real para cada agricultor, com custos mais baixos e maior precisão para os credores. A agfintech oferece ainda alertas acompanhados de seguro inteligente incorporado, que permite a redução de custos financeiros.
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CPR pode ser emitida em diversas moedas a partir do celular do produtor rural. (Fonte: Shutterstock/Zapp2Photo/Reprodução)
Operações como a antecipação de recebíveis, que permite a compra de insumos agrícolas com o pagamento após a colheita, podem ser realizadas diretamente a partir de aplicativos de celular, sem sair da propriedade.
A Cédula de Produto Rural (CPR), por exemplo, que era emitida em papel e sofria com a possibilidade de fraudes ou erros, passou a ser gerada eletronicamente, reduzindo os riscos.
Somente a plataforma Ativus, da agfintech Bart Digital, movimentou mais de R$ 3 bilhões nesta modalidade para as culturas de soja, milho, algodão e café durante a safra 2020/2021.
A preocupação com a sustentabilidade e a qualidade dos produtos agropecuários têm estimulado a necessidade de um maior monitoramento da cadeia produtiva. A blockchain, tecnologia usada para registro de transações financeiras, é o principal instrumento utilizado para facilitar esse processo.
A Agtrace permite o controle gerencial e a rastreabilidade das defesas agrícolas e emite alertas caso um determinado alimento viole as regulamentações dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) de produtos fitossanitários de destinos importantes, como os mercados da União Europeia.
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Fonte: Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Money Times, Mais Soja.