Empresas investem em tecnologia e geração de sementes para impulsionar a safra 2021/2022 - Summit Agro

Empresas investem em tecnologia e geração de sementes para impulsionar a safra 2021/2022

14 de maio de 2021 4 mins. de leitura

Com expectativa de produção recorde para a próxima temporada, empresas apostam em agricultura digital e melhoramento genético

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Para a produção de grãos da temporada 2021/2022, empresas focadas em tecnologia agrícola, estimuladas pela expectativa de novos recordes, preparam novidades nos cultivos. O lançamento mais notório será a nova geração de sementes, destacando o melhoramento genético que será implementado na próxima safra, assim como as tecnologias digitais.

O sistema Enlist, da Corteva Agriscience, é uma grande evolução no controle de plantas daninhas no cultivo de soja e milho. Disponível há três anos nos Estados Unidos, chega este ano ao Brasil e deve permitir que o agricultor aplique os herbicidas glifosato, 2,4-D e glufosinato, além de proteínas que protegem contra as lagartas.

A plataforma Intacta Xtend, da Bayer, terceira geração das sementes transgênicas, promete alta eficiência, amplo espectro de controle de plantas daninhas, fácil manipulação e biotecnologia de última geração para elevar a produtividade. 

Segundo Rodrigo Neves, líder de pesquisa e desenvolvimento da Corteva para o Brasil e o Paraguai, a plataforma usa novas proteínas e tecnologia para criar um agroquímico mais seguro para o ambiente e que gera menos odor. Empresas acreditam que o uso das duas plataformas em conjunto com outros produtos pode ajudar a alcançar melhor performance.

Neste ano, a Basf lançou uma marca de sementes de arroz. Além disso, a Syngenta, que também é licenciada da Intacta 2, vai lançar dois fungicidas com misturas que trazem maior eficiência e diminuem o risco de resistência, assim como dois inseticidas para a gestão de resistência a lagartas nas sementes transgênicas de soja e de milho, segundo André Savino, diretor de marketing da empresa.

Novas sementes estão sendo lançadas pelas empresas. (Shutterstock/zackKOP/Reprodução)
Novas sementes estão sendo lançadas pelas empresas. (Shutterstock/zackKOP/Reprodução)

A United Phosphorus (UPL) vai lançar um fungicida com mistura de três ativos para soja e um produto com herbicidas com base de glufosinato misturado a outros ativos.

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Soluções digitais

Para fortalecer a agricultura sustentável, a Syngenta investirá em três frentes de tecnologias digitais inclusivas. Um exemplo é uma ferramenta que usa inteligência artificial para a contagem de plantas por imagem. A partir das fotos da lavoura no estágio inicial, o programa estima a população final de plantas por hectare e avalia a eficiência da operação de plantio.

A FMC Corporation lançou sua primeira ferramenta digital preditiva em 2020, a qual permite obter informações sobre a população de pragas na lavoura, indicando ao produtor qual é o melhor momento para aplicar o produto. A empresa também criou um sensor que detecta o nível de esporos no ar antes de infectarem o solo, a fim de ajudar no controle da ferrugem da soja.

A Basf prometeu disponibilizar, até 2030, mais tecnologias digitais para 400 milhões de hectares de terras cultivadas no mundo. A companhia pretende aumentar, em até 7% ao ano, a oferta de soluções sustentáveis, ajudando o produtor a reduzir em 30% as emissões de CO2 por tonelada de cultivo.

A Bayer também está investindo na expansão da agricultura digital, unindo todas as plataformas no celular do produtor para que ele saiba tudo o que acontece na lavoura em tempo real. Além disso, a empresa lançou o Projeto Carbono, com o objetivo de indicar ao agricultor como capturar mais carbono e transformá-lo em renda para a fazenda. 

(Shutterstock/Valentin Valkov/Reprodução)
Tecnologias de monitoramento das plantações estão sendo implementadas. (Shutterstock/Valentin Valkov/Reprodução)

Em 2019, a Corteva comprou a Granular, uma empresa de agricultura digital do Vale do Silício. Com isso, passou a oferecer uma ferramenta digital de monitoramento das lavouras para ajudar o produtor a saber quais áreas precisam de tratamento. A solução usa imagens capturadas por satélites. 

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Fonte: Milk Point, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Educa Point, Centro de Produções Técnicas (CPT). 

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