Melões dos tipos 6 e 7 tiveram desvalorização de até 25% em apenas seis semanas nos principais mercados do País
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Produtores de melão no Rio Grande do Norte e no Ceará, região que concentra as maiores lavouras do País, estão enfrentando dificuldades para escoar a produção. Isso acontece porque os estoques da fruta continuam altos, principalmente na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), enquanto o Vale do Rio São Francisco inicia a colheita, aumentando a oferta.
As caixas de 13 quilos dos tipos 6 e 7 registraram desvalorização de 24,8% nos preços pagos aos produtores da Chapada do Apodi e do Baixo Jaguaribe entre 15 de janeiro (R$ 34,14) e 26 de fevereiro (R$ 25,67), de acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em São Paulo, a cotação no atacado teve retração de 22,2% nas mesmas seis semanas, indo de R$ 39,22 para R$ 30,50.
As exportações do melão registram ótimo desempenho no ano passado e no início de 2021, com a Europa sendo o principal destino da fruta brasileira. O cenário foi favorecido pelas dificuldades de produção enfrentadas ao longo de 2020 pela Espanha, o maior produtor do continente.
Em janeiro, os embarques de melões frescos somaram US$ 24 milhões, o que representou mais de um terço das frutas exportadas no período. Entretanto, o ritmo de vendas externas diminuiu em fevereiro, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), restringindo ainda mais as oportunidades para os produtores.
As incertezas em relação à pandemia de coronavírus e à eficácia das vacinas impedem o setor de ter uma estimativa segura para o resto do ano, e a perspectiva de abertura do mercado chinês, iniciada em setembro, pode representar um caminho para a sustentação das exportações da fruta.
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Apesar de alguns melões amarelos e orange do Vale do Rio São Francisco terem chegado ao mercado sudeste, a região ainda está plantando a safra deste ano. A cultura principal começou em janeiro e foi intensificada no fim de fevereiro após o aumento das chuvas ao longo do rio.
A área plantada deve ser similar à do ano anterior, de acordo com agentes consultados pelo Cepea, e a colheita em Pernambuco e na Bahia está prevista para ocorrer a partir de abril, quando os produtores do Rio Grande do Norte e do Ceará devem estar iniciando suas lavouras.
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Fonte: HfBrasil, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Revista da Fruta.