Gestão de logística reduz custos e agrega valor sustentável à produção agropecuária
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A logística é fundamental para garantir a entrega dos produtos agropecuários nos prazos corretos, com controle adequado de processos e redução de custos. Ferramentas inteligentes podem ajudar o setor a ratificar essa eficiência com o benefício adicional de diminuir os impactos no meio ambiente e na sociedade.
O conceito de sustentabilidade engloba a redução de emissão de gases poluentes e o uso de rotas rápidas e seguras, mas não é só isso, vai muito além. Dispositivos móveis, como celulares e smartphones, podem contribuir para eliminar a utilização do papel, por meio de digitalização de documentos e monitoramento de processos em tempo real.
Inovações tecnológicas favorecem a união de processos, além de contribuir para a preservação do planeta sem prejudicar as atividades das empresas. A gestão inteligente também pode melhorar a imagem da empresa agropecuária, gerando valor agregado aos produtos comercializados, o que pode se transformar em uma vantagem competitiva.
Os custos logísticos no agronegócio representam mais de 20% do faturamento bruto do setor no Brasil, conforme relatório da Fundação Dom Cabral publicado em 2018. O número está acima do percentual médio de 12,4% das empresas brasileiras.
No Brasil, o transporte de longa distância representa 42% dos gastos com logística e apenas 18% do custo da produção são destinados à armazenagem. Nos Estados Unidos, um dos principais competidores da agropecuária brasileira, o transporte de longa distância representa 30% desse custo, enquanto a armazenagem consome 40% do orçamento logístico.
Esses números indicam que, por falta de armazenagem, o agronegócio no Brasil precisa produzir e escoar com mais rapidez, o que requer uma gestão logística sincronizada para evitar prejuízos e garantir a competitividade dos produtos brasileiros.
Para alcançar um processo logístico sustentável pode ser necessário alterar rotinas da empresa. Isso requer um esforço inicial, mas os benefícios da mudança compensam e podem ser duradouros. As estratégias incluem medidas de melhoria da gestão de estoques, transporte e embalagem biodegradáveis.
As operações de transporte representam o principal custo logístico do agronegócio brasileiro e podem afetar de forma negativa o meio ambiente com a emissão de gases do efeito estufa. A otimização das rotas, com trajetos mais rápidos e sem engarrafamento, proporciona uma entrega mais rápida e ecológica.
Além disso, aplicativos ajudam os caminhoneiros a conseguir contratos de carga de mercadorias próximo a sua localização e ainda podem evitar a emissão de poluentes pelo deslocamento de veículos vazios — o que também ajuda a diminuir os custos com o transporte.
A diminuição da contaminação do meio ambiente pode ser obtida com a utilização de embalagens biodegradáveis. A Bunge, por exemplo, investiu em pesquisas para desenvolver uma embalagem com material orgânico e biodegradável para as margarinas. Outra iniciativa é da empresa carioca CBPAK, que criou embalagens usando como base o amido da mandioca, que é biodegradável e compostável.
A gestão de estoques pode ser aprimorada pela tecnologia para reduzir o desperdício de mercadorias, em especial quando se trata de produtos perecíveis. Softwares permitem o controle da data de validade dos produtos e incentivo do uso de mercadorias próximas ao prazo de vencimento, além de permitir a reposição dos itens no período mais adequado.
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Fonte: Benner, Summit Agro e Fundação Dom Cabral.