Práticas nos sistemas e nas cadeias produtivas da sociobiodiversidade e de extrativistas serão beneficiadas com projetos até 2022
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A bioeconomia é uma importante possibilidade de desenvolvimento da agricultura aliada à sustentabilidade. Por meio dela, os recursos naturais podem ser aproveitados de forma sustentável, permitindo que agricultores familiares, ribeirinhos e povos tradicionais gerem renda por meio do extrativismo e de outras práticas produtivas da sociodiversidade ao mesmo tempo que garantem a preservação do meio ambiente.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciaram uma parceria que deve injetar R$ 2 milhões até 2022 em projetos de bioeconomia nos biomas da Amazônia e do Cerrado. Os recursos serão utilizados nas cadeias produtivas de açaí, cupuaçu, castanha-do-Brasil, piaçava, mandioca, mel de abelhas nativas, baunilhas brasileiras e sistemas agroflorestais biodiversos.
De acordo com o Mapa, a iniciativa deve beneficiar cerca de 21,6 mil pessoas entre pequenos produtores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos, assim como técnicos extensionistas, pesquisadores, gestores públicos, viveiristas e estudantes de ensino técnico.
Os projetos apoiados pelos recursos financeiros devem atuar no aprimoramento de práticas de sistemas e cadeias produtivas de sociobiodiversidade e extrativistas para a geração e a melhoria de negócios sustentáveis e na adequação às legislações e às normas sanitárias vigentes das atividades do setor.
Entre as ações da parceria estão previstas pesquisas e estudos referente a cadeias atendidas, oficinas, seminários, encontros para intercâmbio de experiências e dias de campo sobre tecnologia de produção. Além disso, os recursos financeiros poderão ser utilizados para atividades voltadas para a instalação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), construção de viveiros de mudas, desenvolvimento de softwares, elaboração de vídeos, cartilhas de boas práticas e outros.
O incentivo à exploração sustentável na Amazônia e no Cerrado tem como primeira meta apoiar a estruturação de empreendimentos da agricultura familiar e extrativistas a partir da difusão de conhecimentos e de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa por meio de ações variadas como capacitações, instalação de Unidades de Aprendizagem (UAs) e eventos.
O programa de incentivo também realizará estudos referentes às cadeias produtivas envolvidas nos projetos com a finalidade de elaborar laudos técnicos, relatórios, publicações, cartilhas, manuais, documentos orientadores, protocolos e mapas e na formação de bancos de dados e de germoplasma.
A iniciativa tem como meta fomentar a inovação nos dois biomas com o desenvolvimento de soluções tecnológicas para as cadeias de extrativismo e sociobiodiversidade. Essas soluções devem ajudar na estruturação de algumas cadeias com o aprimoramento do sistema produtivo e a ampliação do acesso aos mercados.
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Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).