Projeto desenvolvido pela Conab e pelo Inpe espera contar com nova tecnologia para mapear a produção de soja em 2021
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) se uniram para mapear toda a safra de soja no Brasil. Depois de trabalharem em conjunto analisando imagens de satélite de culturas como cana-de-açúcar, café e arroz, agora as instituições planejam usar a tecnologia em outro produto agrícola.
Durante um seminário virtual, o presidente da Conab, Guilherme Bastos, afirmou que o uso desse tipo de tecnologia é essencial para que o País obtenha dados e informações sobre seu principal tipo de plantio.
Segundo Bastos, um dos fatores que aumentam a dimensão do desafio de um mapeamento completo dos campos de soja é sua distribuição territorial. Mato Grosso, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul são os principais estados produtores de soja convencional, demonstram os dados do Instituto Soja Livre, mas não os únicos. Sendo assim, a distância entre as localizações acaba dificultando muito o rastreio de todos os produtores, o que pode ser facilitado com as imagens por satélite.
Conforme os dados apresentados pela Conab, a tecnologia foi capaz de rastrear 100% das plantações de cana em 2013 e 2014, 98,4% de café em 2019 e 97,5% de arroz irrigado em 2019 e 2020. Além da soja, espera-se mapear o plantio de milho durante a segunda safra de 2021.
Em declaração, o superintendente de informações do agronegócio da Conab, Cleverton Santana, fez questão de destacar todos os benefícios que o rastreamento via satélite das plantações de soja pode trazer para os produtores brasileiros nos próximos meses.
Para Santana, a geolocalização fornece as informações necessárias para aprimorar não só a etapa de produção mas também todo o sistema de logística e de armazenagem ligado ao agronegócio. Através das informações diárias fornecidas pelas imagens obtidas pela Conab é possível antecipar inclusive possíveis problemas climáticos ou perdas produtivas.
Na visão da pesquisadora do Inpe Ieda Sanches, a existência de uma constelação de satélites é um dos fatores que permitem grande volume de imagens das áreas a serem analisadas. Ainda assim, a elaboração de uma tecnologia capaz observar as regiões mesmo cobertas por nuvens é um dos grandes desafios para o sucesso do projeto.
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Fonte: Compre Rural.