Produção de eletricidade a partir do bagaço da cana-de-açúcar diversifica a renda e cria energia limpa
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A cana-de-açúcar está presente no Brasil desde a chegada dos portugueses. O produto foi um grande motor da economia e tem participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Atualmente, o País produz 720 milhões de toneladas da planta, o que representa cerca de 40% do total mundial.
Tradicionalmente utilizado para a obtenção de açúcar, o produto revelou ter grande potencial energético. Na década de 1970, o Brasil passou a incentivar a produção de etanol combustível para reduzir a dependência do petróleo internacional e amenizar a crise no setor açucareiro. Mais recentemente, um subproduto do setor sucroalcooleiro, o bagaço da cana, tem se transformado em uma fonte de renda extra nas lavouras de cana-de-açúcar a partir da bioeletricidade, uma importante fonte de energia limpa e renovável.
Após a colheita, a cana passa pelo processo de moagem em três etapas nas usinas. O produto da primeira moenda vai para a fabricação de açúcar. Na segunda e na terceira moagens, o álcool combustível é criado. O resultado de todos os passos é um resíduo fibroso, também conhecido como bagaço, que é queimado em uma caldeira e produz vapor. Esse ar quente é capturado em uma turbina e tem potência suficiente para movimentar as pás do rotor.
Com um gerador instalado no eixo da turbina, o movimento das pás é convertido em energia elétrica que é lançada na rede para consumo.
A geração elétrica a partir da cana-de-açúcar ajuda a equilibrar a produção de energia no Brasil. Durante a época de estiagem na região Centro-Sul, quando aumenta o consumo de energia, o nível das águas baixa nas barragens e as hidrelétricas reduzem a produção; com isso, o sistema elétrico nacional necessita acionar outras matrizes, como as usinas termoelétricas, que geram emissão de gás carbono na atmosfera. Na mesma estação, as lavouras estão no período de safra, e as usinas sucroalcooleiras podem suprir essa demanda de forma mais sustentável econômica e ambientalmente.
A bioeletricidade produzida a partir da cana-de-açúcar já contribui para a matriz brasileira e produz 7% de toda a energia do País. A eletricidade se tornou um faturamento extra para as usinas, e o processo ainda pode gerar mais recursos financeiros a partir da negociação de créditos de carbono.
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Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Instituto de Economia Agrícola (Iea/SP), Inovação Tecnológica, Yara Brasil e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).