Parceria entre empresas cria sistema de detecção de pragas utilizando drones e software com inteligência artificial
Publicidade
Com o aumento do alcance da internet em áreas distantes e o crescimento das AgTechs — empresas de tecnologia voltadas para o agronegócio —, os drones têm aparecido como uma ferramenta extremamente útil para realizar diversas tarefas no campo em um tempo menor e com mais precisão, o que impacta diretamente na dinâmica do negócio, proporcionando mais economia e, por consequência, maior lucratividade.
Também chamados de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), os drones se apresentam como uma das melhores opções para fazer o acompanhamento da safra, tanto identificando e mapeando áreas de lavoura como aplicando produtos químicos em plantações. Contudo, eles são apenas parte do processo, pois já se vê a necessidade de atrelar outros dispositivos e novas tecnologias para otimizar a produção e tornar mais precisas as análises nas fazendas.
Hoje, há no campo várias tecnologias com a função de gerar mais informações ao produtor rural e permitir que ele consiga ter maior controle do negócio. Um exemplo disso é o projeto da empresa catarinense Horus Aeronaves, que une os drones a um software de inteligência artificial para identificar quais regiões da lavoura estão sendo atacadas por pragas ou sofrendo com algum tipo de doença.
O drone tem tecnologia com pilotagem automática, que tem o trajeto pré-definido pelo operador, e usa uma câmera multiespectral para mapear determinado local e gerar imagens completas da região selecionada, tudo em alta resolução. Após a captação e o processamento dos registros, os dados são analisados por um software com inteligência artificial que indica com precisão onde está acontecendo a infestação de ervas daninhas, por exemplo. Além disso, o sistema possibilita encontrar outros problemas, como falhas nas plantações.
Como essa tecnologia permite uma análise rápida e precisa da situação da lavoura, o produtor tem mais ferramentas para tomar decisões e agir antes que aconteçam problemas maiores, evitando ações tardias que comumente geram muitos danos e elevam consideravelmente os custos.
Um ponto importante é que, com o aumento da precisão, o uso de herbicidas fica mais restrito, já que não precisa ser colocado em toda a plantação, sendo aplicado diretamente no ponto identificado pelo software. Com isso, é possível gerar produtos mais saudáveis, com maior qualidade e menor uso de produtos químicos, o que agrega valor ao negócio.
A tecnologia também tem grande impacto nas fazendas, por trazer soluções para a variabilidade espacial, já que geralmente os terrenos são irregulares, os solos apresentam características distintas e o clima tende a variar bastante. Com o avanço da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) no campo, máquinas e equipamentos poderão gerar dados e informações para, com os drones, criar um sistema agrícola totalmente eficaz, preciso e rentável.
Segundo a Horus, o uso da tecnologia que une drones e softwares pode render uma economia de até 50% na aplicação de insumos, além de reduzir em 20% as perdas das safras. Outro ponto positivo é a agilidade na cobertura de determinada região, já que com uma hora de voo é possível mapear uma área de mil hectares.
Fontes: Embrapii, Horus Aeronaves. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Se interessou pelo assunto? Aprenda mais com especialistas da área no Summit Agro. Enquanto isso, acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.