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O agronegócio brasileiro é responsável por cerca de 21% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e emprega, direta ou indiretamente, quase 20% da população. Os grandes volumes de plantação e as grandes monoculturas características da região não seriam possíveis sem o uso adequado de defensivos agrícolas. O Brasil, entretanto, tem um grande problema por depender da importação de insumos agrícolas ou da matéria-prima para a sua fabricação.
O ano de 2021 escancarou as dificuldades que os produtores podem enfrentar em caso de queda dos estoques dos insumos internacionais. No ano passado, o aumento do preço das commodities energéticas afetou muitos países que produzem os fitossanitários. A maioria deles, como China e Rússia, dependem de carvão e de gás natural para alimentar as indústrias, e o aumento de preços diminuiu os estoques e elevou o preço dos insumos ao redor do mundo. No Brasil, o valor dos defensivos agrícolas mais do que dobrou em 2021.
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Além dos preços mais altos, os defensivos agrícolas — se tiverem uso exagerado e inadequado — podem gerar uma série de problemas para o consumidor, o meio ambiente e as pessoas que vivem ao redor da plantação.
Segundo o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Aldemir Chaim, a má aplicação de defensivos agrícolas pode causar prejuízos de desperdício de até 40% dos produtos.
Por isso novas técnicas, como o uso de defensivos biológicos e do Manejo Integrado de Pragas, vêm ganhando espaço no mercado. Porém, pesquisas prometem revolucionar o modo como se utilizam defensivos agrícolas no Brasil. O uso de softwares para controle da aplicação podem reduzir em um terço a quantidade de fitossanitários utilizada, minimizando os impactos e o custo dos produtores.
Utilização de softwares para defensivos agrícolas
A empresa de consultoria agronômica, Fertigeo, divulgou uma pesquisa em que comprova os benefícios do uso de softwares no controle da aplicação de agrodefensivos. A empresa comparou as plantações de produtores que usavam métodos tradicionais de aplicação, como a calendarização, com produtores que usaram o método da empresa Farmbox.
Com a constante coleta de dados possibilitada pelo uso de softwares, consegue-se um maior equilíbrio entre as pragas e os inimigos naturais. Além disso, o método permite a escolha ideal do produto a ser utilizado, pois demonstra com maior claridade quais são as infestações presentes e em quais regiões da plantação elas estão.
O grupo Franciosi Agro, que planta algodão e soja na Bahia, foi um dos beneficiados com essa tecnologia. Segundo o gerente, Samoel Carvalho, o monitoramento diário da plantação permitiu identificar as partes do talhão mais afetados pelas pragas. Com isso a aplicação de produtos foi mais localizada. Em comparação com as safras anteriores, houve uma economia de uma a duas aplicações.
O Agroslim é outro produto que busca oferecer aos produtores o melhor custo-benefício na agricultura. O produto também faz a coleta de dados e sugere o uso de técnicas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) para atingir o alvo de forma mais eficiente possível.
Com isso é possível conter gastos desnecessários com aplicações excessivas e não efetivas de fitossanitários, fazer uma melhor gestão do estoque e reduzir a mão de obra e maquinário necessário na aplicação, aumentando a lucratividade da produção.
Com a tendência da manutenção de preços elevados dos insumos agrícolas, a boa gestão desses produtos não pode ser ignorada.
Fonte: Agroslim, Aegro, Embrapa, Summit Agro Estadão.