Com patente em 17 países, tecnologia administrada diretamente no útero reduz a mortalidade embrionária e maximiza a produtividade em bovinos
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Em um rebanho bovino, quanto maior o número de vacas gestantes, maior será o retorno para o sistema de produção, seja de corte ou de leite. No entanto, a reprodução dos bovinos pode ser afetada por diversos fatores, como nutrição, sanidade, conforto térmico, raças, nível de produção, além da competência e atenção da mão de obra.
A taxa de prenhez é a ferramenta mais eficiente para monitorar o desempenho reprodutivo dos rebanhos. O parâmetro indica o percentual de vacas gestantes em relação ao total de vacas aptas. Para obter uma taxa alta, é preciso observar as vacas no cio e inseminá-las corretamente – ações que podem ser controladas pelo método tradicional de produção.
Entretanto, é necessário também garantir um ambiente uterino adequado para o crescimento embrionário inicial e a manutenção da gestação. Uma biotecnologia desenvolvida pela empresa brasileira Inprenha atua dentro do útero da vaca e consegue elevar em até 15% a prenhez bovina.
A Tolerana Bovinos, produzida pela Inprenha, é uma proteína recombinante que atua como mediadora na prevenção da perda e da mortalidade embrionária em mamíferos. Antes de ser lançada, a biotecnologia foi testada em mais de 8 mil inseminações em diferentes raças, rebanhos e finalidades.
O produto deve ser administrado diretamente no útero da vaca. A proteína age sobre a regulação da sobrevivência e do crescimento embrionário. Para tanto, o produto atua na imunorregulação da gestação, adesão celular, vascularização de endométrio e placenta.
Durante a inseminação artificial, o produto pode ser aplicado imediatamente após a deposição do sêmen. A biotecnologia também pode ser utilizada para a transferência de embriões ao mesmo tempo da inovulação do embrião.
Além do aumento na taxa de prenhez, a tecnologia diminui o intervalo entre os partos, maximizando a produtividade e aumentando a vida útil reprodutiva das matrizes. A utilização do produto é simples e adaptável aos procedimentos padrões, o que permite reduzir o número de serviços por concepção, dessa forma, diminuindo os custos para a reprodução.
O produto é fruto de uma parceria entre a Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto e a SP Ventures, gestora de fundos de investimento em novos negócios. Desde 2015, a Inprenha recebeu recursos financeiros para concluir a pesquisa e desenvolvê-la, obter aprovações regulatórias e a concessão da patente nos principais mercados internacionais.
A Tolerana Bovinos obteve o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no primeiro semestre de 2020 e já tem patente concedida em 17 países, incluindo Estados Unidos, Japão, China, Brasil, Rússia, África do Sul e nações europeias.
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Fonte: Inprenha, Revista Leite Integral e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).