Alíquota zero para importação de placas solares: como isso impacta o agro?

25 de setembro de 2020 3 mins. de leitura
Nova alíquota deve diminuir os custos de implantação da energia solar e torná-la ainda mais vantajosa, inclusive para pequenos produtores

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A geração de energia é um dos principais desafios do agronegócio: além de ser um dos insumos que mais oneram no orçamento, qualquer falha no fornecimento pode levar à morte de animais ou causar danos às plantas, entre outros problemas.

Saiba mais sobre a parceria do BB com a BRF que dá crédito para pequenos produtores implementarem energia solar aqui.

Por isso, é comum que os produtores invistam em fontes alternativas, com destaque para os geradores a diesel e a energia solar. Essa segunda opção, além de ser mais sustentável e gerar menos ruído, pode compensar financeiramente — em especial depois que o governo zerou a alíquota para importação de placas solares.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União no final de julho de 2020, em uma resolução que zerou os impostos de dezenas de itens eletrônicos e tecnológicos. Entre eles, estão as células fotovoltaicas, inversores e diversos outros componentes usados na montagem de placas solares. Anteriormente, as alíquotas para importação ficavam entre 12% e 14% dos valores das peças.

painéis solares
Governo zerou imposto de importação para placas solares. (Fonte: Pexels)

Custo menor pode tornar energia solar mais atrativa

Um dos fatores que fazem muitos produtores, especialmente os pequenos, preferirem os geradores a diesel às usinas fotovoltaicas é o custo de implantação destas. Os valores podem ir desde R$ 14 mil para uma usina de 300 kVA por mês até R$ 140 mil para uma de 4 mil kW por mês.

Porém, conforme a tecnologia se populariza, seus preços diminuem e a instalação de usinas fotovoltaicas se torna mais acessível: estima-se que os preços diminuíram 75% na última década. Somado a isso o fato de que as usinas solares não precisam de combustível e demandam menos manutenção, o resultado começa a ficar vantajoso para essa fonte de energia alternativa e sustentável.

A decisão do governo de zerar as alíquotas de importação dos componentes pode fazer com que os preços dessa tecnologia diminuam ainda mais no Brasil, considerando que a maioria das peças vem da China. Além disso, nos últimos anos, o governo tem criado linhas de crédito para financiar a instalação de usinas fotovoltaicas: existem opções pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de outras linhas do Banco do Brasil.

homem instalando painéis solares
Diminuição dos impostos e barateamento da tecnologia pode fazer com que ela seja ainda mais vantajosa. (Fonte: Freepik)

Ao instalar uma usina fotovoltaica, o produtor pode optar por conectá-la à rede elétrica já existente, ganhando créditos junto à concessionária de energia da região, que diminuem o valor de sua conta de luz. A economia pode chegar a 95%, segundo estimativas divulgadas pelo Jornal da BioEnergia. Dessa forma, o tempo para que o investimento “se pague” gira em torno de cinco anos. Já em sistemas isolados — não conectados à rede elétrica —, o investimento se paga em cerca de sete anos. O sistema é feito para durar de 30 a 40 anos.

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Fonte: Jornal da BioEnergia e Ministério da Economia (ME).

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