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95% da colheita da cana no Estado de São Paulo são mecanizados

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A cana-de-açúcar é a maior cultura do agronegócio paulista; sozinha, responde por 37% de toda a receita do estado, incluindo os setores que não pertencem ao agronegócio. Graças a isso, a região se destaca historicamente como a principal produtora brasileira de bioeletricidade, com cerca de 60% da produção sucroalcooleira do País, o que inclui açúcar e alguns tipos álcool, como etanol e álcool em gel.

A receita do sucesso parece estar na tecnologia. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA) de São Paulo, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado, 95,3% da colheita são feitos de forma mecanizada, o que a torna eficiente e permite que a produção cresça em escala, atendendo às necessidades da agricultura comercial típica da região.

Oportunidade

O terreno pouco acidentado facilita a mecanização massiva. (Fonte: Shutterstock)

Segundo o IEA, o estado mais que dobrou esse índice nos últimos anos: na safra de 2007/2008, apenas 41% da colheita foram realizados de forma mecanizada. Trata-se, portanto, de uma aposta dos produtores rurais com ótimo resultado, o que permite que a cana ocupe um lugar estratégico na balança comercial de São Paulo.

Para além de uma opção de gestão acertada, a mecanização em tão larga escala é possível devido ao relevo do Estado de São Paulo. Exceto pelo declive abrupto representado pela serra do mar, que divide o litoral do interior, o aspecto geológico facilita o emprego da colheita mecânica, pois há longos trechos de planície nos quais o maquinário é uma opção interessante. Em relação aos 4,7% restantes, trata-se de plantações em terrenos muito acidentados ou pequenos, em que o trabalho familiar é suficiente para a manutenção da cultura.

Impacto

Segundo o IEA, a falta de políticas sociais junto à mecanização trouxe efeitos preocupantes. (Fonte: Shutterstock)

Ainda segundo o órgão paulista, uma questão a ser equacionada é o efeito da mecanização na absorção da mão de obra rural. No intervalo mensurado pela pesquisa (2007/2008 e 2018/2019), o número de trabalhadores que atuaram na colheita caiu de 160 mil para 18 mil, aproximadamente, em uma redução de quase 90% na empregabilidade.

A mecanização é uma demanda importante tanto do ponto de vista econômico como em relação à natureza da tarefa: a colheita da cana está entre as modalidades de atividade rural mais extenuantes para os trabalhadores, que costumam ser mal remunerados. Por essa razão, o grau de adoecimento desses profissionais é fator de estudo há alguns anos.

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Fonte: Governo de São Paulo, Scielo e Fapesp.

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