Combustíveis fósseis estão com os dias contados: empresas de tecnologia lideram pesquisa em biocombustíveis, que são renováveis e podem ter emissão zero
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Produção sustentável, esse é o “mantra” que orienta diversos setores; entre eles, o agronegócio. O meio ambiente é o sustento de quem vive do campo, e os mercados mais exigentes estão “no pé” de quem não se adapta aos novos padrões. É aí que os biocombustíveis entram.
Conheça melhor o impacto dos combustíveis fósseis, a importância dos biocombustíveis e como a demanda por esse produto afeta o agro brasileiro.
E se fosse possível evitar uma a cada cinco mortes no mundo? Essa é a importância da substituição dos combustíveis fósseis na matriz produtiva do globo — e os biocombustíveis são uma aposta para melhorar a saúde global.
Os números são de um estudo publicado na revista científica Environmental Research. A pesquisa foi elaborada a partir de uma parceria entre a Harvard University, a University College London, a University of Birmingham e a University of Leicester.
O que os estadunidenses e os ingleses descobriram é que 8 milhões de pessoas morrem todos os anos no mundo em decorrência da queima de combustíveis fósseis. Isso representa 20% de todos os óbitos registrados anualmente, excetuando o período de pandemia.
Na conclusão do estudo, confirmam-se outros dados sobre o assunto: as doenças respiratórias têm crescido junto da poluição causada pela queima de carvão mineral, gasolina e diesel. São exemplos disso asma, câncer de pulmão, doenças coronárias, derrames e morte prematura.
Esse impacto na saúde ocorre porque as partículas expelidas nesse processo são extremamente finas e, por isso, não são retidas pelo filtro nasal que o corpo humano apresenta naturalmente. Uma vez no pulmão, elas se alojam profundamente e causam problemas crônicos.
Os impactos da emissão de carbono elencados pelo grupo de cientistas não são uma novidade, mas permitiram conclusões mais seguras. Isso porque os pesquisadores mapearam a atmosfera de todo o nosso planeta e mediram a poluição de cada uma das áreas pré-delimitadas por satélite, diferenciando a emissão de carbono de outros resíduos aéreos.
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Diante do problema que a queima de combustíveis fósseis representa, grandes empresas de tecnologia têm pesquisado um modo de substituí-los por novas fontes energéticas que sejam sustentáveis. E, até o momento, os biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, são alternativas mais interessantes.
Um exemplo recente desse esforço veio de uma ação conjunta entre a Bosch, a Nissan, a Volkswagen e o Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB). Essa parceria pretende aprimorar o modelo de tecnologia de célula de combustível movida a etanol, método que consiste em uma reação química por meio da qual o hidrogênio do etanol é separado e gera eletricidade “sozinho”, garantindo energia para o carro sem a emissão de poluentes.
Não é só a Amazônia que merece o apelido de “pulmão do mundo”. O Brasil tem expertise na produção de biocombustíveis que podem reduzir em 90% as emissões de gases causadores do efeito estufa e de doenças respiratórias. E tudo indica que o agro brasileiro ainda tem uma longa jornada no plantio de soluções energéticas.
Segundo dados do Sindalcool-PB, entre 2003 e 2021, o Brasil triplicou o plantio de cana, que subiu de 200 milhões para 600 milhões de toneladas. Graças a isso, 46% da frota que circula no País usa o etanol, atualmente.
A ideia agora é levar essa experiência para o mundo a partir das montadoras multinacionais. O Brasil é singular na capacidade de produção de etanol, tanto no plantio quanto na logística e no beneficiamento da cana, tendo muitas aplicações. Ganham o meio ambiente e o agronegócio brasileiro, o qual se consolida na liderança do setor em meio ao cenário de alta das commodities.
Fonte: Cana Online, E-Cycle.