Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País
Em carta ao presidente estadunidense, Joe Biden, Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu, na última quarta-feira (14), uma busca pelo fim do desmatamento ilegal no Brasil até 2030.
A meta também faz parte do Plano Amazônia 2021/2022, que apresenta objetivos para reduzir o desmatamento ilegal da maior floresta do País. O documento, que foi divulgado na última quinta-feira (15), está disponível no Diário Oficial da União.
O plano apresenta algumas diretrizes visando a maiores ações de fiscalização e ao combate ao desmatamento, às queimadas ilegais e a outros crimes ambientais.
Pressão dos Estados Unidos
A Casa Branca tem solicitado comprometimento do Governo Brasileiro. A ideia ficou clara na declaração de Jen Psaki, secretária de imprensa dos EUA, durante entrevista coletiva. “Nós queremos, sim, ver um comprometimento claro [do Brasil] para acabar com o desmatamento ilegal”, disse a porta-voz do governo Biden.
Psaki ainda afirmou que os EUA acreditam que a conservação e a sustentabilidade econômica podem andar lado a lado e que essa é a expectativa para o Brasil. O anúncio da secretária de imprensa pode ter sido o que motivou a carta enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao líder estadunidense.
Leia também:
- 5 soluções para acabar com o desmatamento da Amazônia
- Desmatamento da Amazônia: Inpe aponta queda de 70% em janeiro
- Como o desmatamento ilegal prejudica o agronegócio
Carta enviada por Bolsonaro
Na mensagem, o presidente brasileiro reconheceu que as taxas de desmatamento no Brasil aumentaram de 2012 para os dias atuais e reiterou o compromisso do País com “os esforços internacionais de proteção do meio ambiente, combate à mudança do clima e promoção do desenvolvimento sustentável”.
Bolsonaro escreveu que o intuito dele é “reafirmar neste ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por V. Excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”.
O presidente brasileiro defendeu que, assim como a população nacional, “os americanos saberão apreciar que as principais causas da degradação ambiental radicam na pobreza e na falta de oportunidades e que, portanto, trabalhar pela preservação ambiental passa também pela promoção do desenvolvimento econômico”.
Na carta, Bolsonaro confirmou presença na Cúpula de Líderes sobre questão climática, que acontecerá de forma online. O evento será nos dias 22 e 23 de abril.
Posicionamento novo
A carta marca uma nova postura de Jair Bolsonaro, que anteriormente havia apresentado atrito com Biden por conta das questões climáticas e de desmatamento nas florestas do Brasil.
Além disso, a carta apresenta, pela primeira vez, um possível interesse do presidente brasileiro em dialogar com ONGs, indígenas e comunidades tradicionais, buscando algumas “alternativas que reduzam o apelo das atividades ilegais”.
Não perca nem um fato que acontece no agronegócio. Inscreva-se em nossa newsletter
Fonte: Agência Brasil.